Gosto de aeroportos, do vai e vem das pessoas, da pressa que faz com que alguns corram para embarcar e outros para chegar logo em casa. Há também aqueles que ficam sentados nos cafés, grudados nos seus lap-tops. Estes não correm, só esperam, indiferentes ao vai-e-vem dos demais.
Quando entro na fila de embarque tudo isto vai ficando para trás. Depois, acomodo-me na poltrona do avião, coloco o cinto e ele me separa do resto do mundo. Descubro então uma enorme satisfação por estar ali, suspensa no ar, uma sensação de total liberdade me invade e nada mais me liga a terra, àquelas pessoas no aeroporto.
Meu pensamento volta-se para o novo, para o desconhecido que me aguarda quando voltar a colocar os pés em terra firme e sinto que sou uma tábula rasa pronta para viver profundamente novas experiências. Um misto de frenesi e apreensão me acompanharão até o fim da viagem.
Lembro que há quase um ano fui para o Marrocos - país que ainda tem um pé na idade média - e que amanhã estarei chegando em um país que tem o mais alto IDH e a maior renda per-capita do mundo - e, o Brasil, com um dos mais baixos Coeficiente de Gini, ou seja, com enormes desigualdades de riqueza - e concluo que muitos contrastes me esperam!
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