sábado, 27 de julho de 2019

MALTA

 22 de julho de 2019
Cheguei ontem em Malta com uma temperatura média de 27 graus e céu sempre azul, sem uma única nuvem. Na foto abaixo, está Valeta - deve sera a menor capital do mundo, tem 6 mil habitantes. - vista de Sliema. As cidades parecem bairro porque não tem separação entre elas e você pode ir a pé de uma para outra..




Estou em St Julian,  onde fica escola onde talvez vá fazer um curso de inglês. Estou num hotel aguardando a confirmação de uma vaga no alojamento da escola. 
Já fui até a escola e me disseram que só segunda então resolvi ir para a praia e acertei  para amanhã um passeio de barco. 
Encontrei na praia um inglês, de Birmigham, como minha amiga  Alysson, que mora em BC. Deixei o celular em cima da espreguiçadeira quando levantei para pedir um sandwich e ele, que estava sentado ao lado deve ter ficado preocupado, não sei se com receio de roubo ou porque ficou exposto ao sol forte e quando voltei ele fez um comentário sobre ter deixado o aparelho encima da cadeira e começamos a conversar. Disse que é músico e já esteve em BC tocando na Green Vallley.  



Descobri que o mesmo aplicativo que uso no Rio para pegar ônibus - o Movit - posso usar em qualquer lugar o mundo e está sendo muito fácil se locomover aqui e, a tarde peguei um ônibus e fui a Valleta. Do alto de Valeta, do fort St Elmo, é possível ver ao fundo e à direita, Gzira, no meio a Manoel Island com o fort Manoel na ponta e, a direita Sliema. A geografia é bastante irregular o que torna bastante difícil para o turista identificar os lugares. 




O grande charme de Valetta são suas sacadas de madeira colorida, de influência catalã,  contrastando com o bege das fachadas de calcário e, como a ilha não tem árvores, as sacadas de madeira eram um luxo.

  
    

O país todo é extremamente religioso e as imagens de santo expressam a devoção da população e servem para pedir proteção a cidade. 
Caravaggio, que aqui viveu durante 15 meses deixou algumas obras na cidade, sendo as mais importantes delas a que esta na Igreja Conventual de São João, "A decapitação de São João Batista" e a "Escrita de São Jerônimo".


 

Diferente de Valleta, bastante preservada, as outras cidades, como Sliema e St Julian's  parecem estar se recuperando de anos de abandono. O ingresso na UE e o incremento do turismo creio que esta fazendo com que o país se recupere da estagnação econômica.
A fiação aérea, calçadas estreitas e ruas congestionadas, além da grande quantidade de obras espalhadas por Sliema e St Julians dão uma impressão de caos.    



28 de julho de 2019
Além de Valleta, que é muito bonita e da Mdina, também muito charmosa, a grande qualidade de Malta esta na beleza do mar de um azul só comparável ao da Croácia.ou da Grécia.    
Comino e Gozo são as duas ilhas que formam, junto com Malta, formam o arquipélago situado na região central do Mediterrâneo, entre a Sicília e o norte da Africa.  
Como só conhecia Comino, hoje fui fazer um passeio de barco que incluía um passeio de ônibus por Gozo. Por insistência de um casal de portugueses que conheci durante a viagem, fiz também um passeio de lancha voadora para as cavernas da ilha de Comino - um tremendo mico!







  

30 de junho de 2019
Estou aproveitando enquanto não inicio o curso de inglês e hoje fui a praia Paradise Bay. É muito  bonita mas, apesar da cor do mar ser muito bonita, ele não era cristalino e, como a água não estava muito quente, não entre na água.  



 No caminho até a praia encontrei algumas esta figueira e seu perfume me fez lembrar da ilha de Santorini, na Grécia, onde era muito frequente figueiras ao longo das estradas.





As fotos abaixo são do Interior da ilha com sua pouco vegetação, na maioria de arbustos, lembrando a paisagem de Portugal e a Espanha. Também aqui vi algumas oliveiras e parreiras porém, Malta não produz os alimentos que consome, tem pouca reserva de água doce e não tem fontes própria de energia. Hoje o país depende do turismo e da área financeira mas há também muita lavagem de dinheiro. O PIB per capita é de 25 mil dólares e o desemprego é de 7%. Comércio e serviços concentram a maioria da força de trabalho. O país todo tem 460 mil habitantes, menos que Florianópolis.


31 agosto de 2019
Encontrei Paula e Rui na praia em St Julian e almoçamos juntos. 


Paula e Rui me convidaram para ir a Valetta à noite assistir a um concerto e encontramos uma cidade toda enfeitada - pareceu-me que era em comemoração ao aniversário da cidade, mas não estou certa. Eles misturam na mesma frase, inglês, maltês e italiano ficando as vezes um pouco difícil entendê-los. 
As noite aqui são muito agradáveis, quentes mas com uma leve brisa e sentamos, depois do concerto, para tomar um Mojito antes de voltarmos, eu para St Julian e eles para Sliema. 





02 de agosto de 2019
Ontem fui à Golden Bay - cujo nome deve vir da areia que tem a cor dourada - que eu imaginei ser mais selvagem e com água mais cristalina mas tem um enorme hotel a beira da praia e muita gente. O pior era que o mar era poluído. 
Na foto abaixo dá para ver uma faixa escura na orla. O Não entrei na água, preferi ficar só tomando sol.


03 de agosto de 2019
Hoje ia a uma das 3 cidades históricas que ficam ao lado de Valetta mas passei do ponto onde deveria descer para pegar outro ônibus em direção à Vittoriosa e acabei descendo em Valetta. 
Aproveitaria para comprar um presente para uma amiga que sempre resolve um pepinos para mim quando estou viajando, e acabei por encontrar uma festa, acredito que ainda parte das comemorações do aniversário da cidade, que deve se estender pelo mês todo. Hoje havia uma mistura do profano com o religiosos da decoração e o povo, nativos e turistas, desfilava dançando pelas ruas, tocando e cantando "olêlê, olálá, pega no ganzê, pega no ganzá..." (vejam só, música da Escola de Samba Salgueiro em plena ilha de Malta). 
    


 



NOTA; Amanhã devo mudar para a acomodação da escola de inglês, começando uma nova fase da viagem, que já chamei de inflexão, mas é uma palavrinha meio metida a besta, o que quero dizer é que haverá grandes mudanças: amanhã troco de moradia e na segunda, finalmente, começo um curso de inglês - se vou sair falando um pouco melhor, não sei, mas vou tentar.  

Ficarei em um quarto com outra aluna, que não tenho ideia de quem será, porque não tinha quarto individual. Mas será só por uma semana porque na próxima é provável que vá para outra acomodação, esta muito melhor. Também mudarei de escola, a próxima em tempo integral. 

O local da nova moradia e escola é distante de St Julian e de Sliema.
St Julian é interessante para a garotada pois tem muitas baladas mas é muita agitada. E, Sliema, de onde saem os barcos de passeio, é um local ótima para compras mas, o lugar mais agradável e interessante da ilha, e onde acontecem os eventos culturais, é Valetta. 
Para onde pretendo ir depois, ficará à 10 minutos de ônibus. Não sei o nome do local porque, como já disse antes, aqui tudo é meio confuso e leva-se um tempo para entender se estamos em um bairro, uma cidade e qual é o nome.      













segunda-feira, 22 de julho de 2019

LONDRES 2

22 de julho de 2019
Estou hospedada bem próxima ao Hyde Park e fui a pé até o Kensington Garden, que fica junto ao Hyde e tem um paisagismo muito bonito. As primeiras fotos são do Italian gardens, um dos muitos recantos do Kensington.

 









                                                                   






     



   



Na foto abaixo está o Palácio de Kensington, local onde a rainha Victoria nasceu e passou a infância. Ainda hoje é residência da família real. Atualmente, moram em outra ala da palácio o príncipe William e a esposa Kate Middleton; também a princesa Eugenie vive lá com o marido.




 


Abaixo a planta do Kensington Gardens e do Hyde Park, com uma área total de 2,5 km2 é atravessado por um lago sinuoso chamado de Serpentine. 
Em 1992 assisti no Hyde Park uma apresentação do tenor Pavarotti. Lembro que chovia torrencialmente e todos fecharam os guardas-chuvas quando começou a apresentação. Deu para ver ao longe, numa área reservada e coberta, a princesa Diana. 


Estou no hotel Phoenix em Baywater, que no tempo que morei aqui era chamada de Brasilwater. O hotel é bastante confortável e café da manhã razoável mas tem que pagar extra se quiser um english breakfast. O wi-fi também falha muito. 


Andando pela Queensway St, o centro de Baywater, vi que hoje tem muitos imigrantes, chineses, árabes e indianos mas não encontrei brasileiros, o que talvez signifique que Londres deixou de ser o paraíso dos nossos emigrantes, que tem optado por Dublin, onde podem trabalhar e são mais bem acolhidos.   
Na foto abaixo um restaurante persa ao lado de uma cantina italiana, mostrando a mistura de etnias do bairro. 




23 de julho de 2019
Hoje desci em South Kensington com esperança de reencontrar o local onde morei em 1992, mas como não tenho registro de nada, nem o nome da rua ou do B&B  e, como todos os prédios são iguais, ficou impossível encontrar. 
Uma pena porque embora muito "fuleiro" era muito simpático e foi lá que aprendi a gostar do english breakfast - agora só tem o que chamam de Continental Breakfast. 
Próximo a estação tem muitos Starbucks, Boots e muitas outras lojas de rede que não existiam na época.
Abaixo a foto do belo prédio da Natural History Museum onde nem pensei em entrar porque se for a todos os museus, terei que ficar no mínimo mais 6 meses.  



 Fui somente ao Victoria & Albert Museum, o meu preferido, onde fiquei a tarde toda.
Quando estava entrando no museu o Victoria estavam na minha frente um casal de muçulmanos, ela de burca e óculos escuro, que lhe cobriam totalmente os olhos. Preocupada, vi que a vistoria foi somente para o homem, pois lembrei que em geral são elas que carregam explosivos no corpo, e procurei ir no sentido oposto ao casal. 

O prédio do Victoria & Albert é lindo e o acervo é voltado a decoração do mundo todo, com peças antigas da china, Índia, Europa, incluindo a idade média. Gosto da seção de tapetes orientais antigos mas tem também a de vestuário de todas as épocas incluindo a atual, que vai de Mary Quant à Christian Dior e Giorgio Armani.
É realmente maravilhoso e precisaria de uma semana para ver tudo.


  
  





Um lugar super agradável é o pátio interno com sua fachada em estilo renascentista italiano. Também o restaurante na ala sul, com várias salas, são muito bonitas. 







Depois do Victoria & Albert segui em direção ao Royal Albert Hall, passando pelo Imperial College, a universidade de Londres. O suntuosos prédio de Ciências me fez pensar no Brasil onde o conhecimento, a ciência e a cultura vem sendo "detonados" pelo governo Bolsonaro pois a ele interessa que não se pense, convêm só que se obedeça, como todo governo autoritário.



24 de julho de 2019
Fui a uma Guide Tour ao Royal Albert Hall, que foi até bem rápida e podia tirar foto, quando em geral não se pode e também não teve muito blá-blá-blá (que, mais da metade não entendo, tornando tudo muito chato). 


Banquei a turista babaca e paguei 8 libras pela foto abaixo uma montagem com a imagem do teatro lotado. Mais idiota ainda me senti quando descobri que pegaria a foto na Internet de graça.








Acomoda até 6 mil pessoas permitindo apresentações de bandas de rock, como os The Beatles e Led Zeppelin, de ópera e até mesmo de eventos esportivos.

Depois segui para o Hyde Park em direção ao Speekes Corner. A foto abaixo é belíssimo monumento The Albert Memorial construído pela rainha Victoria em memória do seu marido..  







No caminho de volta encontrei estas cabines telefônicas que devem estar desativadas mas que são patrimônios da Inglaterra. 

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Oito horas da noite, posse do novo Primeiro-ministro Boris Johnson e decidi pegar um metro e ir para o Palácio de Bakingan, depois para o 10 Doning Street ver se tem ainda alguma manifestação pró ou contra. Mas, além de um manifestante que encontrei no metrô não vi mais nada. Acho que a maioria não acredita que ele terá sucesso e que não poderá fazer nada além do que a Tereza May já fez. Que ele é só um fanfarrão, mais simpático  que o Trump, mas não muito diferente 


No caminho para o Palácio passei pelo Green Park e embora já fosse 21 horas estava cheio. Creio muitas pessoas saem do trabalho e vão para o parque fazer um happy hours com amigos e mesmo só, para relaxar.





No caminho do 10 Downing Street fica também o St James park que tem um paisagismo maravilhoso. 

 

 E essa foi minha despedida de Londres, amanhã estou embarcando para Malta.