Volto a Londres depois de 27 anos. Na minha primeira viagem internacional, em 1992, fui primeiro a Madri, onde fiquei uns 3 dias, seguindo depois para Londres. Na Espanha fiquei com uma brasileira que encontrei no aeroporto (no check-in ela estava com os pais que foram leva-la ao aeroporto), estava indo para Valência fazer uma mestrado em arquitetura. Ela tinha uma reserva num bed & breakfast no centro da cidade de Madri e me convidou para ficar com ela. E foi tudo muito tranquilo, nos encontrávamos a noite e como ela tinha uma amiga brasileira que lá, me passava algumas dicas da cidade.
Depois, já sozinha vim para Londres. E, chegando no aeroporto procurei o setor de informações turísticas sendo encaminhada para um hostel em South Kensington, perto da Harrolds, do Victoria & Albert Museum. Não longe de onde estou hoje, em Earls Court.
Hoje, no aeroporto, pensei hoje fazer o mesmo até que descobri que o setor de informações é só uma maquininha, que agora é tudo digital. Não tem mais ninguém que dê um sorriso, um pouco de segurança para quem chega de muito longe, meio perdida, como foi o meu caso na época, que nem mesmo tinha uma reserva em um hotel tinha.
Naquela época poucos viajavam e não tive amigos ou parentes que orientasse. Não tinha como hoje, Internet, Airbnb, whatsApp, Gooblemaps. Não tinha nada e foi tudo na cara e na coragem.
Mas tudo mudou e muito. Hoje queria uma informação sobre ônibus para o centro mas só tinha uma máquina e um monte de informações em inglês, que não me ajudaram muito e acabei pedindo ajuda para uma brasileira que estava por perto.
No caminho para o centro fui perceber como a cidade cresceu e como esta cheia de prédios modernos.
Estou em um hotel em Eals Court, um bairro bem simpático, cheio de cafés, papelarias, charutarias, etc. e bastante agitado. O hotel, como esperava não é grande coisa mas como a localização é ótima, tudo bem.
05 de julho de 2019
Hoje fui a pé até a Gloucester Road, também um bairro com muitos hotéis. Fui pegar o ônibus para fazer o City Tour. No caminho encontrei algumas ruas com sobrados com janelas e portas muito floridas. É realmente umas das regiões mais encantadoras da cidade.
Crianças com uniformes escolares e na foto mais abaixo, os famosos táxis londrinos que não tem porta-malas e os passageiros sentam-se de frente um para o outro. Mas parece que estão menores embora continuem um charme. Já li que milionários compram estes carros porque lhes dá anonimato.
A cidade não só cresceu muito - vê-se por todos os lados canteiros de obras - como se tornou barulhenta, com trânsito engarrafado o dia todo.
Mas o problema maior é a estética. A maioria dos prédios são do tipo modernoso e chocam-se com o entorno.
Além de que, não respeitam o recuo recomendados dos prédios históricos e alguns destes foram "tragados" por estes monstrengos, em total desrespeito ao patrimônio histórico. Bastante evidente na região da Torre de Londres.
Depois do choque com o design arquitetônico (como o The Gherkin ou, mais adequado, "charuto", entre outros) no entorno da Torre de Londres, foi reconfortante ver que o Parlamento e o a capela de Westminster Abbey continuam sendo um dos prédios mais lindos do mundo. Só me resta torcer que não construam nenhum monstrengo nos seus jardins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário