Sigo de trem em direção à Edinburgh, na Escócia e já começo a sentir a temperatura baixando. Apesar de ser verão e das minhas pesquisas sobre o clima da Grã-Bretanha me indicarem trazer roupa de meia-estação, estou achando que deveria ter colocado na mala alguma roupa de inverno.
Durante a viagem tenho dificuldade em fazer fotos pois embora a paisagem seja bonita o céu cinza não ajuda muito. Chegarmos em York, ao norte da Inglaterra e uma chuvinha fina aumenta minha apreensão em relação ao que me espera no meu destino.
11 de julho de 2019
Finalmente saiu um pouquinho de sol e fui fazer um City Tour, começando pela cidade nova, ou cidade baixa, que foi construída no séc. XVIII em estilo georgiano. Os prédios são construídos com blocos de pedra, escurecidos pela fuligem das chaminés quando o aquecimento ainda era feito à carvão e é mantida até hoje como parte do seu charme (!?). Em contraponto a dureza dos prédios na cidade baixa há muito verde e em toda a extensão da Princess Street (a principal rua da cidade) há jardins onde, ao fundo, se pode ver a cidade alta e o Castelo de Edimburgo, que que foi construído encima de rochas vulcânicas.
12 de julho de 2019
Faltam ainda dois dias antes de seguir para Dublin e não sei o que fazer até lá. Dois dias teriam sido mais do que suficiente em Edinburgh. Com esse tempo fechado e dia escuro, confesso que dá vontade de ficar no quarto do hotel. Talvez saia somente mais tarde para comprar presentes para o Heraldo e para a Wilma.
Um pouco do meu desânimo é também porque não li nada sobre a história do país e também nada sei sobre seus patrimônios, como p.ex., quem morou no castelo, se alguém foi assassinado lá e que importância teve no destino deste país (sempre tem um assassinato nos palácios. No do Palácio do Planalto os assassinatos são morais e ficam a cargo do 02).
Na verdade, não foi por desinteresse que não li nada sobre a Escócia, mas sim falta de tempo. A viagem foi atropelada por outros compromissos, como retomado de um apartamento que estava alugado, em Florianópolis.
Mas o problema maior ainda acho que é o clima. Dizem que aqui não existe estação seca...chove sempre 364 dias por ano.
Estou agora preocupada em como será na Irlanda, temo que aconteça a mesma inapetência para as coisas da cidade se lá também tiver esse mesmo céu cinza.
Estou lendo um livro de contos de James Joyce, "Dublinenses". É uma leitura deliciosa, diferente, dizem, de Ulisses, no qual nunca me aventurei. Espero que ajude a deixar a cidade mais interessante quando andar pelas ruas e ir nas tavernas citadas pelo autor.
A diferença da Escócia para a Irlanda é que tenho um projeto para esta última, que é fazer um curso de inglês. Assim, na segunda-feira já irei procurar a escola e, se tudo der certo - o que não significa somente matricular-me mas também conseguir um alojamento perto da escola - ficarei mais tempo no país.
Caso contrário vou para algum lugar mais quente pois tenho lutado, desde que cheguei, com a ameaça de um resfriado, me entupido de anti-inflamatório e anti-histamínico. Por enquanto está sob controle.
Voltei hoje a cidade alta, ou cidade antiga, de arquitetura vitoriana, onde concentram-se a maioria dos turistas, depois do Castelo de Edinburgh, com muitas lojas, cafés e restaurantes.
Abaixo o Palácios de Holyroodhouse atual residencia da rainha Elizabeth da Grã-Bretanha.
Terminada a visita fui tomar uma chá nos jardins do Palácio. Como não tenho chance da rainha me convidar para um chá nos jardins de Buchinggham, compenso tomando um chá na no jardim no palácio de verão da família real.
13 de julho de 2019
Venho observando que a maioria dos hóspedes parecem ser de escoceses, ou mesmo ingleses, o que deduzo pelo cabelo vermelho. Mas hoje, para minha surpresa apareceram duas muçulmanas no refeitório do hotel. Vocês já pensaram como elas fazem para comer? É muito ridículo e não resisti a tirar uma foto mas ela fez um gesto que não e as duas sentaram de costas para a minha mesa.
Também Edinburgh tem canteiro de obras por todo lado, dificultando circular pela cidade baixa. Na foto à direita um transway e além destes vê-se muitos ônibus circulando. Parece que é muito bom o transporte coletivo. Vou de trans para o aeroporto porque passa bem enfrente ao hotel. Só preciso descobrir como comprar a passagem.
Em Praga não descobri como comprar e andava sem pagar. Um dia estava no ponto e uma turista me perguntou onde comprar a passagem, respondi que também não sabia e que ela fizesse como eu, simplesmente embarcasse. Como veem, sou uma infratora contumaz - já fui pega em Budapeste e agora, em Londres.
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