domingo, 30 de outubro de 2016

BREAK

Numa viagem internacional sempre há muitos imprevistos e, nesta, para países com culturas tão diferente da nossa, não poderia ser diferente. E tudo começou com as malas que pretendia deixar em Copenhagen (volto a Copenhagem para pegar o vôo para o Brasil) e continuar a viajem só com outra, pequena, mas não deu certo. 
Tudo porque pensava em viajar com um mínimo de roupa e a ideia foi trazer só um suéter e uma jaqueta além da roupa do corpo. Assim, estilo Roonaldinho, no auge do sucesso, que dizia que viajava só com o cartão de crédito no bolso. No meu caso, porque pretendia ir lavando e bastaria uma muda de roupa. Chegando em Copenhagem compraria mais uma calça e estaria tudo resolvido.
Aí houve um imprevisto: descobri que não há lavanderia self-service na Escandinávia. Maria Célia explicou que é porque todos tem lavanderia coletiva nos prédios. Tá, mas e os turistas, como fazem? 
Acabei achando uma lavanderia que lavava por quilo e não saiu muito caro. Mas, claro que tive que comprar além da calça, mais meias, camisetas, segunda pele, etc. E, como aqui em St. Petersburgo é tudo muito barato, não resisti à Benetton e comprei mais uma calça, um casaco...E, as duas malas que viajavam quase vazias, já estão cheias.    

E outro imprevisto, mais sério, foi na Rússia. Descobri que é quase proibitivo viajar só quando há a barreira da língua - e eles não falam uma palavra em inglês. Onde, numa estação central de trem você vai comprar uma passagem internacional e a pessoa que atende no guichê não fala inglês? Acho que só na Rússia. Se falar chinês talvez eles entendam, porque chinês aqui tem aos montes - até os turistas aqui são Made in Chine  - enquanto que turistas do ocidente, são bem raros. Latino-americana, então, acho que só esta manézinha aqui, perdida.     

A vantagem deste um blog é que você posso mudar o texto mesmo depois de publicado ou mesmo colocar uma nova foto. Faço isto as vezes. E na postagem "Viaje só sem medo" preciso dizer que não é só para o Egito ou oriente médio, que você deve ir com uma agência de viagem, mas que também não se deve viajar sozinha para a Rússia. Isto aqui é para bolcheviques, Leninistas, Trotskistas, para quem já viveu na Cortina de Ferro e não para uma tupiniquim qualquer.    
Minha esperança agora é que na Polônia as coisas não sejam tão difíceis. E, depois de Varsóvia irei a Munique e depois Genebra, na Suiça. Quando então estarei voltando ao primeiro mundo e à modernidade. 

Por sorte, o i-Phone tem ajudado bastante, coloquei um aplicativo de tradução e quando preciso de uma informação, entro no tradutor e mostro o texto escrito em russo. Onde não tem wi-fi tenho que ir já com o texto pronto.  

Outra vantagem do i-Phone é o Google maps, que é fantástico. Aprendi como salvar um endereço; ele marca no mapa e uma setinha vai indicando o caminho. Não tem como se perder com ele. 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

CATEDRAL DE ST. ISAAC


Ontem falei mal da Russia mas tem duas coisas que considerei admiráveis, uma é a quantidade de livraria que tem. A mais bonita delas, e que foi mandada construir pelo Lênin - durante a Ditadura do Proletariado Leningrado tornou-se um importante centro cultural e científico do mundo, ao contrário da esquerda brasileira que nada fez pela cultura - chama-se "Casa dos Livros" (na foto abaixo). Ela fica próxima ao meu hotel e no andar superior tem um café onde vou seguido. Ah, e a segunda coisa que me agradou aqui, foram os doces, que são deliciosos. Aqui não dá para usar a expressão "é a cereja do bolo", porque quase todos os doces são com muita cereja.  


Hoje fui ver o ingresso para o teatro e, como ficava perto da Catedral de St. Isaac, entrei. Mesmo já estando enjoando de tanta obra de arte, fiquei encantada com sua beleza. Ela foi construída durante o império russo e hoje é um museu. 
Todas as igrejas deveriam virar museus, assim como as religiões deveriam ficar restritas aos livros de história. Sou contra qualquer tipo de sectarismo, principalmente o religioso. Religião só rima com destruição, como diz filósofo britânico Richard Dawkins. Vejam o Islamismo, quantas mortes já não causou.    
 




  

 


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

DO YOU SPEAK ENGLISH?

Fui a Estação Central comprar as passagens para Varsóvia, passando antes pela Letônia, Estônia e Lituânia mas creio que são poucas linhas que fazem estes países porque não tinha para lá nenhum destes 3 países. Nem direto para Varsóvia. Terei que ir até Moscou e depois para para Varsóvia.
Como a maioria da população aqui não fala inglês e wi-fi só nos cafés, tenho que escrever no tradutor, em russo e mostrar para ao funcionário da Central. 
Mesmo nas lojas poucas pessoas falam inglês e não há uma indicação em inglês. É tudo em russo, ou melhor é uma verdadeira salada russa. O nome das ruas está escrito em 4 idiomas, um deve ser russo e os outros não tenho nem ideia.  
Se é difícil identificar as palavras neste alfabeto todo esquisito, imaginem que no mapa do metrô consta 2 nomes para cada estação e no local você encontra um outro nome que não é nenhum dos dois. É beeeeeem complicado! 
St. Petersburgo é também uma grande metrópole, com 5 mi de habitantes, muitos carros nas ruas, muita gente nos metros, muitos turistas chineses e mongóis (uns 90%). O restante deve ser dos Balcãs, porque falam algo parecido com o idioma local. Claro que não encontrei nenhum brasileiro, nem argentino. Na Escandinávia ainda dava para encontrar alguns brasileiros e argentinos.   
Você percebe quando um povo é educado quando ele espera você sair do elevador para depois entrar. Aqui, fica todo mundo se esbarrando, o que significa que não são muito polidos. 
Amanhã vou ver se consigo um ingresso para um balé no Teatro Mariinski, para relaxar um pouco. Palácios, museus, igrejas - tudo isto já está me cansando e estou ficando oprimida com tanto ouro e tanta riqueza. Sou do 3o mundo, de uma republiqueta de banana. Onde os políticos ainda resolveram roubar, deixando o país mais pobre ainda.
Acho que, como o Lula viajava e era recebido nestes palácios, ele via tudo isto e foi deslumbrando - só pode achar que o triplex do Guarujá é um "puxadinho". Eu também estou começando a pensar que, o que ele e a família pegou, foram só uns trocados. Foram só 200 milhões e isto aqui não é nada. 
Não é o clima que esta me deixando assim porque em Copenhagem também estava frio e ventava muito. Mas foi, de todas as cidades, a que mais gostei. Copenhagem é uma cidade alegre, quase não tem carros e a maioria da população anda de bicicleta. É uma cidade feita para as pessoas, enquanto que St. Petersburgo foi feita para a nobreza e hoje, como não existe mais, o decadentismo impera.  
Abaixo uma das famosas pontes de St. Petersburgo.




quarta-feira, 26 de outubro de 2016

HERANÇA COMUNISTA

As estações de metrô foram iniciadas depois da 2a guerra, durante a reconstrução da cidade, e inauguradas em 1955, ainda sob o regime comunista. 





O Camarada Lenin



Depois fui tomar um chocolate quente neste prédio fantástico como podem ver nas fotos abaixo, o local é chamado de Armazém Aliséev, é uma doceria e tem também um café e um restaurante dentro. 












RUSSIA MONUMENTAL

Ontem vinha pela Nevisky, que onde fica meu hotel e é também a rua dos turistas, onde tem a maior quantidade de lojinhas de souvenir. Observei que os anúncios destas lojas eram em russo e chines. Entrei em algumas procurando um guia de viagem em espanhol e só encontrava em chines. Creio que estão invadindo o mundo. Imaginem se não tivesse tido a tal lei proibindo ter mais de um filho, como não seria hoje?
Mais a frente, já perto do hotel, achei uma loja da Benetton, uma loja grande e com muita coisa bonita. Só não tinha o casaco que precisava, desses de pluma, comprido. Trouxe um curto mas protege muito pouco, preciso de outro até o joelho. 
Aqui tudo é mais barato que no Brasil e compensa comprar roupas. Mas, não quis me empolgar muito e deixei para amanhã. Também não posso esquecer que ainda irei a Polônia, onde disseram que tudo é ainda mais barato. Já, na Suiça, onde tudo é muito muito caro, não vai dar para comprar nem um cartão postal. 
Acabei voltando ao hotel só com uma meia de lã e umas matrioshkas para levar de lembrança. 
Quando chegue havia um convite encima da mesa do quarto. 



O "videira aromática"  deve ser vinho. Eles, devem ter feito a tradução na Internet. Mas o  hotel que pensei tratar-se de uma espelunca, é todo charme. 
Ontem mesmo, estava no quarto e ouvi o som de um piano. Fui até o Lobby e fiquei lá ouvindo música e tomando um vinho enquanto enviava uns WhatsApp para o  Brasil.


Catedral de Nossa Senhora de Kazan
Tudo aqui é grande. As avenidas são largas, imensas, os são prédios enormes, tudo é monumental. A Rússia hoje vive da herança do czarismo. Tudo que o comunismo conseguiu foi impedir que, fora a indústria bélica, as demais se desenvolvessem e vive de exportar commodities (petróleo). Ainda se vê muito carro velho nas ruas da cidade (bem, os Ladas foram feitos para durar uma vida toda) e precisa importar alimentos.
Hoje o que Putin faz é vender amas para a Síria e invadir a Ucrânia porque ainda depende dos países da antiga URSS. 
Até a idade média o poder se afirmava pela força, quantos mais terras um nobre conquistasse mais poderoso ele seria. Depois passou a ser a ostentação, então tudo tinha que ser muito grande, com muito luxo. E hoje o poder está na produção, na conquista dos mercados. E é a indústria  que faz com que a Suécia tenha hoje o maior PIB do mundo, um IDH elevadíssimo e o mais baixo Indíce de GINI.

St. Petersburgo também tem seus canais e pontes.
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

HERMITAGE

Com a neve que já começava a cobrir de branco a grama, os telhados e copôs dos carros, considerei que o melhor seria fazer um City tour. A primeira parada do ônibus foi a Igreja do Sangue Derramado. 











Depois embarquei novamente e fui até o museu Hermitage, onde fiquei até o final da tarde. Ele é imenso, é o maior do mundo. Maior até que o Louvre, por isto não devo ter visto mais do que 50%. Antes de ir embora, tomei um café lá mesmo no museu e voltei a pé para o hotel, não é muito longe.    






















Em frente ao Hermitage fica o Palácio Real