quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

PORTUGAL

Volto a Lisboa para pegar o vôo para o Brasil. Tive que antecipar a volta por motivo de doença na família. Iria ainda a Munique, Genebra e Paris. Lamento por Paris, que amo. 


Por outro lado, já estava um pouco cansada. Foram só 28 dias mas, para quem não esta acostumada ao inverno rigoroso andar o dia todo "empacotada", com 5 camadas de roupa mais gorro de pele, luva, 2 cachecóis, é bastante desconfortável. Embora, frio mesmo, não senti nunca.
Ou melhor, senti aqui em Portugal porque não possuem um bom sistema de aquecimento e no vôo do Brasil para Lisboa. Nos vôos dentro da Europa a temperatura dentro das aeronaves é bem agradável.

Embarquei achando que ia ser uma "fria" nos dois sentidos, que estava vindo para a Europa na época errada. Mas não só não senti frio como foi minha melhor viagem. Foi tudo tranquilo, não perdi nenhum vôo e achava fácil os guichês das Cia. aéreas, uma verdadeira globetrotter!
Mesmo os imprevistos, em geral relacionados aos hostels que, como faço reservas pela Internet, nem sempre eram o que esperava. 
Em Lisboa, não tinha elevador e o quarto ficava no quarto andar. Depois de reclamar me deram um no 2o. andar sem aquecimento. No dia seguinte mudei para um hotel, mas tudo sem stress.
E, em Berlim, o hostel  ficava dentro de um bar punk, com rock pauleira e umas "figuras" bem exóticas. Mas, como tinha elevador, o quarto tinha aquecimento e lençóis brancos limpinhos, resolvi dormir lá uma noite e no dia seguinte procurar outro. Por sorte, troquei por um excelente.
Em Praga tive que ficar porque já estava pago, embora não tenha gostado muito. Mas, em Budapeste o hostel também era excelente. 
Recomendaria aos amigos o hostel de Berlim (infelizmente não lembro o nome) e o de Budapeste, o Bell Hostel & Guesthouse.

   

Me perguntam de qual cidade mais gostei e, sem dúvida foi de Viena. Mas também gostei de Praga e Budapeste. Quanto a Berlim, gosto mais do povo e do seu estilo de vida, do que da cidade propriamente dita. Acho o alemão fantástico, são simpáticos, espontâneos, muitos "soltos" e, ao mesmo tempo educados , diferente do francês, que é mais esnobe, do inglês que é formal, e do italiano que é sedutor ("cantam" todas).

Estou indo embora mas já sonhando em voltar a Berlim e ao leste europeu. Gostaria de voltar em uma outra estação. Não que não tenha adorado ver neve mas porque gostaria de ir a Berlim no verão quando se pode interagir mais com as pessoas. Creio que encontraria também uma  Praga e uma Budapeste muito diferentes, com mesas e guarda-sois nas praças sem os pinheirinhos e feiras de natal, p.ex.   
Praça do Comércio

Arco Triunfal
Alunos de Coimbra
Fadistas
Rio Tejo



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

BUDAPESTE 5


Hoje fui visitar a Sinagoga. Ela é considerada a maior do mundo e, assim como a de Praga, seu estilo é mourisco-bizantino.
Sinagoga



interior sinagoga

A sinagoga possui no seu complexo um cemitério e um Museu sobre o holocausto com muitos objetos religiosos de ouro e prata, também um uniforme original usado nos campos de concentração  além de cartazes nazistas que visavam incentivar o ódio aos judeus. Se as fotos já impressionam, imagine visitar um campo de concentração...Poderia ter ido em Berlim e Viena, mas achei que ia ser muito impactante. 


Museu do holocausto
Depois da Sinagoga  fui a Basílica de St. Estevão, de 1905, que 
possui o punho mumificado do rei que depois virou santo, guardado em uma caixa de ouro (bizarro!).
Em seguida fui ao castelo e ao Palácio Real, hoje Galeria Nacional. 
Os romanos foram os primeiros a erguer um palácio no local, depois vieram os Mongóis, os Otomanos, os Habsburgos e, finalmente, em 1869 com  o Império Austro-húngaro, tornou-se o palácio de verão da Imperatriz Sissi, muito amada pelos húngaros.
Fiz a subida por um simpático funicular, inaugurado no século XIX; destruído na segunda guerra e reconstruído idêntico ao original em 1986.
vista do castelo a partir de Peste

Ponte das correntes


vista de Peste a partir de Buda

fachada do castelo

Fachada lateral do castelo

Escadaria Hotel Gerárt


funicular

vista de Peste a partir do castelo

vista de Peste a partir de Buda
Danúbio e suas pontes vistas do castelo

Palácio Real e atual Galeria Nacional


Fonte de Matias. O rei  Matias, junto com o rei Sto. Estevão é um dos mais venerados dos húngaros.

dentro do castelo


Dentro do castelo. Troca da guarda em frente Palácio de Alexandre



Bairro do castelo

Igreja de Matias

detalhe do telhado da igreja

Bastião dos Pescadores
Bastião dos Pescadores visto de baixo
A visita a Sinagoga e ao castelo foi minha despedida de Budapeste, encerrando, assim, minha viagem pelo leste da Europa. 
Volto sexta para Lisboa e depois retorno ao Brasil, antecipando minha volta devido a um problema de doença na família.          


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

BUDAPESTE 4


termas de Széchenyi

Budapeste tem mais de 100 termas e tomar banho nesta piscina  ao  ar livre foi a experiência mais fantástica da viagem. A temperatura hoje era de menos -7 graus e da água, na fonte, de +75 graus, na piscina a sensação térmica era de 30 graus. Foi muito muito  legal.

Restaurante Gundel
Depois de várias tentativas frustradas de patinar no gelo fui tomar uma sopa enquanto observava os patinadores fazendo suas evoluções e piruetas, verdadeiros Baryshnikovs,  É um esporte não só praticado por crianças e jovens  mas também por adultos e idosos. Neste dia havia um casal idoso muito simpático, patinando com o netinho, de uns 4 anos de idade. Enquanto eu nem conseguia ficar em pé.  em cima deles. Acho que as crianças antes de aprendem a andar já ganham patins de presente.
Os budapestinos (?) podem não ter praia  mas tem mais espaços de lazer que nós, que vivemos num país tropical (ou sub-tropical) porque eles tem termas, pistas de patinação e também Salas de Festas públicas, com bilhar, restaurantes e sala de baile. A mais famosa é a Vigadó, que fica no centro, as margens do Danúbio, próximo à Vörösmarty Ter, não tive tempo de conhecer mas é bastante frequentada também pelos turistas.  
Pista de patinação ao lado do castelo de Vajdahunyad dentro do Parque Municipal
Interior da Terma de  Széchenyi dentro do Parque Municipal
O Reduto (Vigadó)


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

BUDAPESTE 3


Herói nacional (tio Estevão)

Budapeste é cheia de contrastes, ao mesmo tempo que ostenta uma riqueza, como a do parlamento (segundo a guia do local, cada sala tem mais ou menos 40 kg de ouro)
Parlamento
Escadaria principal do parlamento


sala da imprensa


sala do congresso


sala do congresso, antes dividido em Câmara do nobres e dos Burgueses

detalhe da câmara do congresso

Mais detalhes
também encontramos fachadas mal conservadas e estações de metrô mal cuidadas e trens velhos, menos os de superfície, que são modernos. 
Adicionar legenda



fachada  em mal  estado de conservação
prédios as marges do Danúbio

Pela minha pesquisa Wikipedia, Budapeste tem uma renda per capita de 36 mil dólares, mais que o dobro do Brasil. Não parece um país rico embora, na Avenida Andrassy, a mais famosa da cidade, chamada por eles de "a Champs Élyssés de Budapeste" (eles gostam destas comparações) encontramos lojas de grifes como G. Armani, Max Mara, Louis Vuitton, etc. 
Andrassy


Avenida Andrassy e suas mansões

Praga e Buda são, no geral, muito parecidas. Praga tem um estilo de vida mais sofisticado, mais fechado, enquanto Budapeste, que passa por uma reforma urbana, é uma cidade mais moderna, tem mais espaços abertos, avenidas largas e ciclovias. A arquitetura também não tem tanta influência do barroco como em Praga, ela é mais eclética, predominando  o neoclássico com alguma influência do Art Nouveau, aqui chamado de Secessão. Budapeste durante a 2a Guerra teve  80% dos prédios bombardeados pelos Russos. Os mais importantes foram restaurados e outros foram construídos com linhas mais modernas, porem mantendo uma harmonia com os antigos, num efeito estético muito bonito. 
harmonia entre o moderno e o antigo

arquitetura moderna
exemplo do estilo Secessão (Art Nouveau)



Palácio de Gresham, representante do Art Nouveau húngaro
Academia de Ciências da Hungria
avenida Kossuth (Kossuth Lagos Út)
Influência comunista na arquitetura
Avenidas largas
amplos espaços


 calçadão na margem do Danúbio



calçadão da margem do Danúbio


Buda e a reforma urbana, com a abertura de largas avenidas

Mas o que mais me chamou a atenção foi o "climão" União Soviética. Com a KGB nas estações de metrôs - em cada acesso aos trens tem 2 meganhas conferindo se todos pagaram.  Será que não sairia mais barato colocar um sistema eletrônico de controle?
A impressão que dá que Budapeste ainda está em fase de transição para o capitalismo; fui comprar um chip para meu celular e vocês não imaginam a burocracia que foi e quantos papéis tive que assinar.

Andava distraída pela av. á margem do Danúbio quando por pouco não esbarrei neste garoto simpático.