RETORNANDO AO BRASIL

 09/09/2020

Ontem peguei um UBER para o aeroporto onde embarcaria para o Brasil depois de um mes no velho mundo. Depois de ter ido à Suécia e lá encontrado uma grande amiga brasileira e viajado com ela e Annemarie, uma sueca, para Gotland no sul do país, numa verdadeira viagem de férias. Visitado a ilha do Ingmar Bergman e conhecido um clube de jazz em Gamla Stan, Estocolmo, onde tocou Wood Alen além de ter feito muitos passeios de barco. Esquecia, assim, os problemas políticos brasileiros além dos causados pela pandemia visto que os suecos ignoram qualquer medida de restrição em função da Covid. 

Entrara na Europa através de Portugal tinha voltado ao país para embarcar de volta ao  Brasil. Em Lisboa começei a me inteirando dos problemas que me aguardavam no retorno a terra Tupiniquim. Portugal tem 3 canais de TV brasileiras: uma da Globo que só transmite novelas e 2 canais da Record, sendo que um deles é direcionado para Moçambique ou Angola, não lembro bem. 

Assistia os jornais nos canais de Portugal e na Globo PT só via a novela "Novo Mundo", que tinha começado a acompanhar no Brasil. Os canais portugueses transmitem muitas notícias do Brasil, confirmando que os portugueses sabem mais sobre o que acontece no nosso país do que os próprios brasileiros mas, os comentários não são muito elogiosos ao governo.

Na foto abaixo umas das muitas notícias sobre o Brasil.  Não só em Portugal mas a Europa toda se pergunta como fomos eleger uma figura tão negativa como o Bolsonaro?.

Voltando ao UBER, seguia para o aeroporto conversando com o motorista. Falavamos sobre a imigração indiana no país quando ele me  fez uma pergunta sobre o Brasil e o papo resvalou para a política. 

Ele, então, comenta: "o problema do Brasil é o judiciário". Curiosa perguntei porque achava isto e respondeu-me que o STJ tinha mandado prender o jornalista, Alan dos Santos. Respondi "Não o conheço, quem é ele?" "É o Dono de um grande jornal", retrucou. 

Aí caiu a minha ficha. "O senhor está mal informado, este senhor não é proprietário de jornal nem mesmo jornalista mas era integrante do chamado GABINETE DO ÓDIO, criado dentro do Palácio do Planalto para espalhar fake news para atacar opositores ao regime. 

Ele foi preso porque o que ele faz é crime. Aconselho-o a informar-se pela grande imprensa, com profissionais respeitados". Dei o nome do Estadão, FSP e O Globo, El País e outros, encerrando aí o papo, muito chocada com o que acabara de ouvir. 

Percebi que aqui também aqui muitos vivem presos às redes sociais, confirmando assim o papel devastador das fake news, não só em nosso país. 

16/09/2020

Depois de passar alguns dias descansando em Florianópolis fui para Balneário Camboriú. 

Mas a sensação era a de ter descido em um pais islâmico pois certos discursos lembravam o Talibã, de tão radicais e descolados da realidade que são.