segunda-feira, 19 de agosto de 2019

LONDRES 3

27 de agosto de 2019
Ontem voltei à Oxford para visitar a Bodleiana Library porque não ocorreu quando fui com o onibus de turismo, frustrando minhas expectativas. Peguei um metro em Earls Court até Paddington e de lá um trem até Oxford. 

 Ao lado da Torre do Relógio encontrei um café de um brasileiro que serve arroz, feijão com uma bela picanha. Onde também tomei o melhor café da viagem. 
  


Os prédios abaixo fazem parte do complexo da universidade. Chamada de ponte do suspiros pela semelhança com a de Veneza. Mais abaixo esta parte da biblioteca (não podia tirar fotos e só consegui pegar uma pequena parte) da universidade chamada de Bodleiana Library, que possue um acervo de 12 mi de publicações, em tamanho só esta abaixo da biblioteca britânica. 





Num beco escondido próximo ao prédio da biblioteca esta a mais antiga taverna da cidade, a The Turf Tavern que data de 1381. É um lugar muito agradável e tudo muito saboroso além de um atendimento muito simpático.






26 de agosto de 2019
Me preparava para pegar um trem para Oxford quando descobri que hoje é summer bank holiday, ou seja é feriado e a biblioteca que gostaria de conhecer pode não abrir hoje. 
Só me resta trocar a programação de segunda pela de terça que era ir a uma lavanderia automática e, a tarde ainda poderei ir ao Palácio de Buckingham onde tem uma exposição sobre a rainha Victoria ou, se estiver fechada por causa do feriado, ir a Covent Garden, que gosto muito.   
Nestes últimos dias londrinos, com muito sol  e um calor de 28 graus bastante agradável, tenho feito compras, não muitas, porque não já não cabe muito mais nada na mala isto que já paguei 134 reais, o que dá uns 30 euros, para levar uma mala de porão de 20kg. 
Pela ordem das fotos abaixo: a primeira é de Piccadilly Circus onde fica a Regent Street e a loja Anthropologie, a minha preferida em Londres, onde comprei um vestido bem no estilo inglês.
A foto mais abaixo, a direita, é de Portobello Road Market onde comprei uma camiseta para dar de presente e a foto da esquerda é da loja Harrods onde fui comprar uma meia elástica, para prevenir embolia em viagens aéreas muito longas. Não estivesse tão cansada ficaria passeando pelos corredores, admirando aquelas belas roupas, bolsa, sapatos, joias de grifes, todas maravilhosas mas nada que custasse menos de 500 libras.
Só mesmo para quem tem petrodólares, como as árabes, que eram a maioria das mulheres que circulavam, e não só circulando, mas comprando. Ai, que inveja! Dos petrodólares, bem entendido...não das burcas! 






















Já tinha ficado na história a água mineral mais cara agora tenho uma salada que comi em Covent Garden por 21 libras ou seja, 107 reais.
Antes de ir ao Covent Garden, tentei ver uma exposição no Palácio de Buckingham mas, como era feriado, a fila estava imensa. Desisti e atravessei o Green Park em direção a estação de metro.





















22 de agosto de 2019
Pensei em pegar um trem para Oxford e Cambridge mas quando vi que tinha um tour para Oxford e Cambridge optei pelo que achei que seria mais prático, ir com um ônibus de turismo mas que acabou sendo muito cansativo. Andar com um grupo grande de pessoas implica em ter que esperar por alguém que anda mais devagar e a submeter-se a logístico do guia, que não era nada carismático. Dizia que era bilíngue por isto misturava o inglês com o espanhol que forma que não se entendia nada. Nos ofereceram um lanche muito sem vergonha, que não consegui comer. 
Sentou do meu lado uma argentina, muito simpática, que tem casa em Bombinhas e trocamos whatsApp para quando ela for ao Brasil.










 

Conhecemos só a capela da universidade e junto a ela tinha havia uma encantadora vila onde comprei mais um boné para o meu pai, caso aquele que enviei pelos Correios não chegue. Tínhamos que ficar desviando dos ciclistas, com cara de estudantes não muito simpáticos a invasão dos turistas, que passavam "voando" por nós. 
Mas esta proximidade da universidade com a comunidade local e turistas me agrada muito e penso que todas elas deveriam ser assim.
Só não consigo imaginar o que os turistas iriam ver na UFSC ou na UNIVALE. 




Depois de Cambridge e 3 horas de estrada chegamos, finalmente à cidade de Oxônia onde fica a universidade de Oxford.
Oxford foi construída no século XII, bem mais antiga do que Cambridge, que é do séc. XIII. Novamente vimos tudo muito superficialmente e rapidamente e também não consegui ver a biblioteca Bodleiana ou Bodleian Library ou The Bod uma das mais antigas da Europa que só perde em tamanho para a British Library em Londres, o que desejava muito. Também não vimos o castelo que fica no centro.
Entre os famosos ex-alunos, destacam-se Oscar Wilde, Lewis Carrol, R.R. Tolkien, os politicos, Bill Clinton, Tony Blair, Margareth Thatcher, Indira Gandhi, Benazir Bhutto, etc.
No séc. XVII durante a 2a Guerra Civil inglesa a cidade foi sede da corte de carlos I.      
Possui 40 prédios espalhados pelo centro da cidade,  esta situada à margem do Tâmisa, com 134 mil habitantes, sendo maior que Cambridge. A cidade é muito simpática, com seus prédios medievais.
Pretendo retornar a Oxford de trem na segunda e poder ver tudo com mais calma. E ir ao The Turf Tavern, um pub do séc. XIII. 




Na foto abaixo a Christ  Church College, local que serviu de cenário para o filme Harry Portter.


  








Sempre encontro uma chinesa ou japonesa vestido de forma um tanto exótica.Enquanto que as japonesas criam personagens, as chinesas, e esta dever ser uma, todas parecem bonecas. .  



20 de agosto de 2019
Hoje fui a Regent Street, onde descobri uma loja que poderia dizer que é a minha preferida em Londres se não fosse os preços proibitivos, a ANTHROPOLOGIE. Tem o estilo que gosto mas por sorte não vi nenhum vestido que me perturbasse a ponto de desejar voltar lá e comprar.  A Regent é a rua das lojas de grifes. 
Paralela à Regent, em travessa da Great Malborough St, fica Carnaby St, hoje bem mais charmosa e comportada de quando a conheci em 1992, na época era muito alternativa, era a rua da geração Hippie.    




GERAÇÃO ALPHA
Na volta, no metrô fui surpreendida com esta cena fantástica. Provavelmente não demorará para que ele esteja entendendo mais de informática do eu entendo hoje.


HOTEL
Estou no Trebovir Hotel, um pouco mais a frente do hotel onde fiquei quando cheguei na Europa. Àquele tinha um péssimo wi-fi e, na segunda vez que aqui vim, fiquei em Bayswater mas também não gostei do bairro. Desta vez optei por voltar a Ealrs Court. O bairro tem muitas boas opções de cafés, restaurantes e serviços e fica próximo à Victoria Station, que faz a ligação com os aeroportos.
Meu quarto tem 6 m2, impossível ser menor, mas o colchão é de mola, os lençóis são brancos, o chuveiro é bom e o staff é simpático. 
Porém, o elevador está quebrado desde o dia que cheguei mas avisei que não subiria escadas - como o pés-direito aqui são muito alto e cada lance de escada vale por dois - obriguei-os a me colocarem em um quarto no térreo e dormi no primeiro dia em um quarto, que o funcionário disse que grande (não devia ter mais que 8 m2!!) e tive que mudar no dia para este que estou hoje e amanhã devo mudar novamente de quarto por causa do wi-fi, reclamei que o wi-fi estava oscilando muito.  




19 de agosto de 2019
Foi no jornal O Globo, que continuo lendo on-line mesmo durante as viagens no exterior ou talvez no Globo News, que assisto com frequência pelo iPhone, que fiquei sabendo que a embaixada do Brasil em Londres havia sido pichada por grupos de ativistas do meio ambiente e fui até lá ver.  
Segundo um funcionário da embaixada, tiveram bastante trabalho para tirar a tinta embora achem que a causa foi justa. Umas das esculturas da fachada (no nariz) ainda tem um resto de tinta vermelha e na rua em frente.
Chamou-me a atenção a beleza do prédio, que fica em uma área bastante nobre, em Trafalgar Square e comentei isto com o funcionário que contou-me que foi comprado por Lula pela "bagatela" de 38 mi libras.  




Nas fotos abaixo Trafalgar Square, sempre agitada e alegre, com turistas sentados nas escadas, músicos de rua e performers.




18 de agosto de 2019
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE VIAGENS:

1. AS VANTAGENS DE SE VIAJAR SÓ
Tempos atrás escrevi um texto que chamei de "Viaje Só Sem Medo" onde fazia a apologia das viagens desacompanhadas, não direi solitárias porque nunca é. 
Dizia que, viajando só você faz mais interações com os lugares e as pessoas do local ou mesmo com gente de todos os lugares do mundo o que proporciona uma experiências muito mais ricas do que se estivéssemos viajando com um grupo. 
Viajar só permitirá a você fazer amigos em varias partes do mundo. Além de que você não precisa deixar de conhecer um determinado lugar porque a amiga com quem esta viajando  tem outros planos, também não precisa comer num restaurante que não é do seu agrado porque ela é vegetariana. Enfim, são muitos os motivos que me levam a defender quem quem viaja só. Mas, talvez, o mais importante de todos seja o de que você não estará arriscando a perder a amiga, pois em algum momento vocês irão de desentender visto que ocorrem muitos imprevistos que terão que ser resolvidos por duas cabeças que nem sempre pensam igual. 
Claro que não seria tão complicado se você estiver viajando com o namorado ou marido ou, mesmo uma irmã, com quem você já tem uma convivência diária. Também não estou falando de quem viaja através de uma agência onde tudo é programado e resolvido por ela e o grupo de pessoas é bem maior.

2. E AS DESVANTAGENS DE SE VIAJAR SEM UMA AGÊNCIA
Depois de mutias viagens só pelo mundo, descobri que também precisava escrever sobre as suas dificuldades e são muitas a começar pelos passageiros nos aeroportos, que começa já ao despachar a mala que excede o peso; na conferência de bagagem e a humilhação das malas abertas, dos shampoos e perfumes que vão para o "lixo"; nas longas esperas na sala de embarque; nas malas (em geral com 10kg ou mais até) que tem que ser carregadas escadas acima e no desconforto dos bancos da classe econômica. 
Depois, na chegada ao aeroporto de destino, a procura de um meio de translado até o hotel que, descobrimos, está com o elevador quebrado e o nosso quarto é no 4o andar. 
Enfim, existem muitos imprevistos e contratempos que ocorrem com quem viaja só... mas, que também ocorreriam se você viajasse acompanhada. E qual é a diferença então? 
Vou dar um exemplo contando o que se passou comigo e uma prima com quem viajava de Milão para Paris onde tínhamos alugado um apartamento. Fomos para a estação e chegando lá soubemos que havia uma greve e estes só sairiam dali a 6 horas, ou seja, bem depois do horário do check-in do apartamento. 
Minha prima insistiu que fossemos para o aeroporto e pegássemos um voo para Paris. Tentei convencê-la que não era muito sensato ir sem antes procurar uma agência para saber se haveria passagem. E precisávamos pegar o dinheiro da passagem de trem de volta. Eu consegui pegar o dinheiro da passagem de trem de volta e seguimos para o aeroporto. Claro que pagamos super caro pela passagem o que me fez chegar de mal humor em Paris. Penso que se estivesse só aguardaria o trem voltar a circular, o que ocorreria dali a algumas horas e embarcaria para Paris mesmo que chegasse atrasada.
Não perdi a amizade da prima porque havíamos feito um trato de que se brigássemos, iríamos fazer um jantar de reconciliação.

3. COMO A TECNOLOGIA AUXILIA OS VIAJANTES 
 Acredito também que a dificuldade de comunicação nos impediu de entrar em contato com o locatário. Teríamos que ter feito uma ligação interurbana de um telefone público e, como não falávamos o idioma, talvez não tivéssemos nos sentido capazes. Pois, mesmo pegando um voo para Paris, chegamos atrasadas e, como ao lado do apartamento, havia o restaurante de um amigo de um amigo do Brasil, fui até lá e pedi a ele para entrar em contato com o locatário.  
Você deve estar pensando porque não mandaram um whatsApp para o apartamento em Paris ou, porque não verificaram a disponibilidade e o preço das passagens de avião pela Internet, antes de seguir para o aeroporto? Acontece que isto foi em 2011 e, embora pareça muito recente,  não havia nada disto, nem whatsApp, nem aplicativos de cia aérea. E tudo era mais complicado. 
A maioria ainda viajava através de agências e, há não pouco tempo atrás, as passagens vinham numa capa dura, dentro de envelope. Hoje nem mais passagem existe e você tem que fazer tudo pela Internet, inclusive o check-in que não pode mais ser feito no balcão. 
Na minha primeira viagem ao exterior se ligava de telefone público para casa e ainda se enviava cartão postal para os amigos. Hoje temos WhatsApp, Google Maps, aplicativo para ônibus e táxi traduzidos para nosso  idioma e tudo ficou bem mais fácil.
Estava em Malta e lá não tem UBER mas somente BOLT, um aplicativo para táxi que você baixa no celular e ele já vem no teu idioma. Também o MOVIT, que usava no Rio para pegar ônibus, descobri que funciona em qualquer lugar do mundo assim como o Google Maps  que também serve para transportes públicos e funciona em qualquer país.
Voltando a prima, não só teríamos enviado um whatsApp, como comprado a passagem aérea por um aplicativo como e na chegada em Paris, teria acompanhado pelo WAZER o trajeto do motorista e táxi e não acharia que ele estava fora da caminho e mandado ele parar, o que nos obrigou a arrastar aquelas malas enormes por algumas quadras  
Hoje não mais se pergunta mais como chegar a tal lugar, ou que ônibus pegar. Não se pede mais informações porque elas já estão todas na tua mão, no teu celular. E basta ter um aparelho com uma conexão 4G. 
Compra-se uma passagem aérea pelo aplicativo de viagem; faz-se a reserva de hospedagem pelo Booking ou pela Aibnb. 
Ou seja, tudo ficou mais fácil ou, quase tudo, porque ainda falta um coisa - um bom tradutor. 
Infelizmente, ainda não inventaram um tradutor que realmente funcione. Porque não basta poder se locomover sem dificuldade, encontrar lugares,  é preciso também interagir com as pessoas. O que pode ser um grande problema se você não domina o idioma local ou o inglês - visto que quase todos os países falam inglês.  E um  problema maior ainda se você viaja só e tem que resolver os muitos imprevistos que surgem. 

Estou lendo "A Arte de Viajar", de Alain de Botton, um filósofo inglês, que publico aqui. 


sábado, 10 de agosto de 2019

ENGLISH COURSE

17 de agosto de 2019
Para despedir-me de Malta hoje peguei um ônibus de turismo e fui conhecer San Anton Garden, um palacete que é hoje a residência oficial do presidente de Malta. O prédio não chega a ser imponente e, assim como o jardim que, é pequeno, mas é um lugar bastante agradável. É um dos ratos jardins existentes no país, carente de verde.  




Depois fui, juntamente com o grupo da excursão, à Rabat, cidade que fica ao lado da Mdina, a antiga capital de Malta, que possui 11 mil habitantes. É bastante simpática. Li que depois de Valletta, Rabat é uma bom lugar para se hospedar, longe da muvuca de turistas. Depois viria Vittoriosa. 






Em Rabat encontra-se uma das inúmeras catacumbas existente no país, a de St Paul,  datadas do 3 ao 8 século D.C. que possui um extenso sistema de galerias e túmulos subterrâneos. Durante a segunda guerra foi local de abrigo para a população local.  
























O passeio incluía também uma visita à Mdina, que já visitara quando estive aqui em 2017. Lembrava que havia algumas lojas de enfeites de natal em vidro, um dos artesanatos da ilha e aproveitei para comprar mais alguns, embora corra o risco de não chegarem inteiros. 




  


15 de agosto de 2019
Peguei ontem um ônibus em Valetta em direção a Marsaxlokk, onde encontrei duas portuguesas. Ia conversando com elas quando um brasileiro me meteu na conversa. Ele também pretendia ir a St Peter's Pool, que fica ao lado de Marsaxlokk e tem uma longa caminhada a pé mas, disse, sabia que haviam barcos que levavam até lá. 
As portuguesas ficaram por Marsaxlokk, uma vila de pescador bastante turística, e eu fui almoçar junto com o brasileiro, um carioca, morador da Barra e advogado tributarista, em um restaurante que me foi indicado pela moça do meu hotel mas que não foi aprovado por nenhum dos dois.
Depois do almoço pegamos um barco, melhor dizendo, uma canoa a motor, para St Peter's Pool que, como eu já esperava - e ele não - estava lotado de gente. 
Rodrigo, o carioca, foi uma excelente companhia e o passeio que achei que seria meio chato, acabou sendo agradável. 










 14 de agosto de 2019
Em 2017 quando estive aqui em Malta fui visitar a Catedral de San Juan e como havia uma missa não pude tirar fotos nem me aproximar das obras de Caravaggio, então voltei hoje para ver o pintor italiano que morou aqui por pouco tempo mas deixou obras de grande importância, como a "Decapitação de São João Batista" de "São Jerônimo". 
Mas só a catedral já valeria a vista porque é belíssima, creio que a mais bonita que já conheci. 
Caravaggio vem para Malta para ser absolvido pelo crime de assassinato pela Ordem de S. Juan mas 2 meses depois de aqui chegar já envolveu-se em uma briga e foi preso. consegui fugir da ilha deixando aqui 2 de suas obras mais famosas, "Decapitação de São João Batista" de "São Jerônimo Escrita".










  







Paula, a portuguesa que conheci no inicio do mês, comentou que lhe parecia que as pessoas aqui eram pobre. Bem, para quem mora na Suíça, a diferença é imensa no padrão de moradia e vestimenta. Disse-lhe que Valetta tem o mesmo PIB per capita, 24 mil, que o de Portugal. 
Aprende-se, viajando pelo mundo, que realmente as aparências enganam. Riqueza não é algo tão fácil assim de se mensurar. Por ex. estava ano passado em uma festa em Cartagena onde as pessoas deveriam ter pago caro para entrar (menos eu, que só dei uma espiada) onde as roupas das mulheres eram muito cafonas. também aqui, a dificuldade é imensa para comprar uma roupa ou um sapato porque é tudo muito feio e grosseiro. 
Mas Malta tem um IDH muito alto. Entrei outro dia em um supermercado e fiquei impressionada com a quantidade e qualidade dos produtos. Ele tinha 2 andares o que  nunca vi no Brasil. Mas a maioria dos carros são velho ou parecem porque eles não lavam, a água cara e escassa. Não há rios permanentes na ilha, e sua reserva de água é limitada. 
Malta também não tem nenhuma fonte de energia local e é uma economia de dependência externa. Importam 80% do que consome. Produz quase que só pescados e vivem basicamente do  turismo.  
Malta possui uma área de 316 m2 e densidade demográfica altíssima de 1321,56/km2, a maior da Europa e sua arquitetura tem forte influência catalã. 

13 de agosto de 2019
Depois do susto de ontem voltei hoje a Valetta para ver o passeio para a Sicilia e tive que desistir porque só tem para ver o monte Etna. Para Syracusa teria que ter mais de 10 pessoas para fechar o pacote e não há procura. Pensei em pegar um barco e ir sozinha mas fiquei sabendo que não tem ônibus do porto até Syracusa, teria que pegar um táxi, tornado tudo complicado. Enfim, não teve jeito e fui obrigada a desistir. Fiquei bastante frustrada porque queria muito conhecer a Sicília porque fica somente à 93 km de Malta. 

Fiquei sabendo também que o Teatro Manoel estava fechado fui então conhecer a Casa Rocca, um palacete que teve como primeiro dono Don Pietro La Rocca, um almirante da ordem de San Juan. Em 1523 o rei Carlos I vendeu a ilha para a Ordem de San Juan que aqui permaneceram até a invasão napoleônica. 
A casa tem mais de 400 anos e na segunda metade do século XVIII foi vendida a um nobre maltês. Hoje pertence ao Marquês de Piro e sua família.







 



Uma gravura de uma rendeira de bilro me chamou a atenção para o fato de que o mundo sempre foi globarizado, creio que desde Fernão de Magalhães. 
Não fui ver o refúgio antiaéreo porque tinha uma escada muito íngreme. A casa tem 3 refúgios. Malta foi um dos países mais bombardeados de toda a Europa na Segunda Gerra Mundial, causando uma grande devastação ao país e a população se escondia nos túneis e refúgios debaixo da cidade. Utilizavam também para se proteger as catacumbas existentes no centro do país que datam de 5500 anos atrás.   

Depois de visita a Casa Rocca fui ao restaurante que fica no mesmo prédio e que deve ser um dos melhores da cidade, o La Giara.

12 de agosto de 2019


Estava feliz porque ia para um lugar melhor, um lugar calmo, longe daquela muvuca de St Julian. E teria um quarto só para mim, podendo ligar o ar-condicionado a vontade. 
Não foi nada disto mas, sim, uma grande decepção. O quarto é minúsculo, com uma cama de solteira do tipo que encosta na parede e não te permite movimentar-se muito. 
Ele não é feio mas também não é agradável, é atravancado. O banheiro é menor ainda, mal dá para se mexer. Ele me causa mal estar, um certo desconforto.
Mas o pior de tudo foi que o wi-fi não funciona, é preciso reinstalar a todo momento e não consigo enviar fotos. Tentei ligar para o meu pai porque é dia dos pais e o whatsApp não funciona para ligações.
Também não consegui lavar roupas. A lavanderia fica no térreo e é preciso pagar. Nem assim consegui porque precisava usar duas máquinas ou a mesma duas vezes - precisava separar as roupas escuras das claras - e a garota do alojamento disse que não era possível (não ficou muito claro motivo mas argumentou que seria muita água para pouca roupa).    

CENA DE UM FILME POLICIAL: Fui hoje em uma lavanderia automática no centro e aproveitei para passar as fotos para o laptop usando o wi-fi do McDonald's. Na volta, depois de andar debaixo deste sol de 34 graus, com sensação térmica de 44, fui para a piscina. 
Estávamos só eu e uma italiana deitadas nas espreguiçadeiras, ligadas nos nossos celulares quando, de repente chegaram 2 caras com armas em punho e nos mandaram correr dali.
As sacadas dos apartamentos são voltadas para a piscina, que fica no meio deles. Pude perceber que o problema era em um dos apartamentos do primeiro andar à minha direita, bem próximo onde eu estava e os caras armados eram policiais.  
Falei para a italiana "Let's run" e apontei para um quarto que estava aberto, à nossa esquerda e, sem conseguir fechar a porta, nos escondemos em um armário. 
Quando cessou o barulho saímos mas, precisávamos atravessar a área da piscina para o outro lado e estávamos bem em frente ao apartamento conflagrado, bem na mira de algum maluco ou bandido.
Quando um policial apareceu na sacada eu fiz um sinal perguntando se estava tudo ok e como  ele respondeu que sim, disse a italiana para corrermos, mas não em linha reta e sim  fazendo curvas, o que dificulta a mira de algum possível atirador - algum maluco ou bandido - até então não sabíamos quem era/eram. 
Saímos sã e salvas mas, o coração a mil. Confesso que o meu demorou a parar de bater forte. Percebi que não perco a capacidade de raciocínio mas fico mais nervosa do que gostaria, o que só constatei depois que tudo passou, porque mal conseguia falar. 

Diante disto tudo resolvi voltar antes para Londres. Ficarei lá 10 dias antes de embarcar para o Brasil. Não vou mais à Sicília ou, se resolver ir, irei através de alguma agencia que faça todas as reservas. 


10 de agosto de 2019
Precisava resolver ia continuar ou não o curso, se não, mesmo assim, fico aqui em Malta ou vou para a Croácia - resolvi ficar por aqui. O outro alojamento é bom e barato e a Croácia implicaria em mais viajem, em ter que novamente carregar mala, encarar todos os imponderáveis de uma viagem como saber se no aeroporto terá ônibus ou metro para um local próximo ao hotel e esse desconhecimento causa tensão além do medo de que algo saia errado, porque são muitos os imprevistos. 
Conversei com Gonçalo, da agência Rotas do Vento que tinha me oferecido um pacote para um passeio de barco pela costa da Dalmácia e ele confirmou que não terá translado do aeroporto para o hotel nem até a cidade onde pegaria o barco.  
Pensando nisto tudo, creio que ficou no outro alojamento e não faço mais curso algum. Por enquanto vou focar em uma viagem de um dia para o Sicília, que fica uma hora de barco, daqui e incluiria a cidade de Siracusa, eleita patrimônio da UNESCO, fundada em 734 a.C. pelos gregos.   

Hoje peguei o ferry e fui a Valetta me informar sobre viagem à Sicília. Não cheguei até o Ferry porque fiquei sabendo que hoje, domingo, nada funciona. Os museus não abrem, a igreja não abre e nem mesmo o centro de informações turísticas. 
Suponho que, por serem muito religiosos, não podem trabalhar aos domingos e eu perdi meu tempo indo a Valetta e encontrando tudo fechado. 
Cheguei a ir próximo a Waterfront onde fica o Ferry para a Sicília mas, uma francesa que encontrei no caminho, me disse que provavelmente não encontraria ninguém e desisti. à Da orla leste de Valetta, onde fica o Waterfront dá para se ter uma outra visão das 3 cidades, Cospicua, Senglea e Vittoriosa. Na fotos abaixo o Forti Sant' Anglu é em vittoriosa, também chamada de Birgu, na foto seguinte, à direita é Senglea.





As fotos abaixo são de fachadas e cenas urbanas de Valetta. A influência ibérica e britânica na cabine de telefone. Abaixo vemos uma oliveira, presente por todos os cantos da ilha que produz de azeite. A paisagem natural lembra  bastante Portugal e Espanha. Por sorte não tem incêndios visto que o solo também é bastante árido.

A terceira foto é de uma Bela Emília, arbusto também muito presente nos países mediterrâneos e a ultima foto lembra a Grécia. 







09 de agosto de 2019
A escola oferece uma série imensa de passeios e atividades, festas em lugares diversos. Escolhi uma passeio as chamadas 3 citys: Cospicua, Senglea e vittoriosa ou Birgu porque sabia que em Birgu nesta sexta teria uma festa. 
Peguei o ônibus na escola fornecido pela escola e junto com outros alunos fomos até Senglea. Só não sabia que faríamos todo o trajeto até Birgu era a pé. Como tinha amanhecido com bastante dor na coluna o jeito foi aguentar firme.


A religiosidade está bastante presente nas fachadas das casas (toda casa tem a figura de um santo ao lado da porta) e nas festas, que se estendem por todo o mês, pelas diversas cidades.  Assim, como a simplicidade e a simpatia do povo. 

  













Na foto abaixo, a esquerda é o forte  de Valetta. Nas demais, ao fundo, vemos Vittoriosa. Pela quantidade de barcos deduz-se, pela localização de Malta que deve ser um dos lugares escolhido por navegadores de um pit stop nas viagens pelo mediterrâneo. 





Depois de Senglea fomos até Birgu à pé onde estava havendo uma festa religiosa e a cidade estava toda enfeitada, sempre no mesmo padrão decorativo.









Abaixo a belíssima catedral barroca de Vittoriosa. 
  




Depois de muita andança, finalmente fizemos uma parada for dinner, que foi muito bem recompensada com uma deliciosa salada grega que, acho que nem mesmo na Grécia comi uma tão saborosa


 06 de agosto de 2019
Hoje, depois desta que foi a segunda aula, e tendo visto que mesmo os alunos que estão na escola há mais de um mês não parecem ter aprendido muito, tenho pensado se continuo ou não. Uma das alunas comentou comigo que só agora, depois de 5 meses está entendendo o que a professora fala. Observei que os professores falam muito rápido e passam muita informação o que, para alunos iniciantes é bem difícil de acompanhar mas, me pergunto, porque depois de 5 meses esta aluna ainda tem dificuldade de entender? Também uma brasileira disse-me que, como todas semana esta entrando um aluno novo no grupo, as aulas ficam um pouco repetitivas e ela tinha a sensação de que não avançava muito. 
Na foto abaixo, à aluna da minha D é uma dentista do Cazaquistão (não deixa ninguém falar. Sugeri que lhe colocássemos um botão, para desliga-la quando necessário), a da minha D era da China e do lado dela, é da Colômbia. As duas ao lado da muçulmana da Arabia Saudita são brasileiras e a aluna na frente dela é do Japão. O único home da turma é da Itália e, na minha frente é uma alemã, muito muito simpática, e na frente dela é uma a Korea do Sul. O professor é da Irlanda. 

Malta tem 460 mil habitantes e no verão, 2 mi. Destes 1540 mi são de estudantes de inglês e deve ter mais escolas de inglês que restaurantes e panificadoras.A maior parte de italianos, depois vem franceses e, em terceiro lugar, colombianos e brasileiros.






05 de agosto de 2019
Comecei hoje cedo o curso. Primeiro fomos levados para um local distante da escola, que pareceu ser uma universidade, onde ficamos numa sala abafada ouvindo (no meu caso, entendendo muito pouco) sobre a escola, o que ela oferece e qual a programação dos cursos. 
Parecem ser muito organizados, pelo número de alunos novos que éramos, cerca de 300.  Mas as longas esperas para iniciar as atividades, como ir para esta universidade, voltar para a escola e o calor, junto com a tensão depois de uma teste no dia anterior, que arrasou comigo, fez com que minha pressão baixasse no chinelo e só depois de muita Coca-cola melhorou e consegui, à tarde, enfrentar a primeira aula.





04 de agosto de 2019
Estou num apartamento com 2 quartos não muito longe da escola. Junto comigo chegou  um menino (acho que não tem 30 anos) italiano, não muito simpático, que foi instalado num dos quartos enquanto que  eu fiquei em outro, com uma holandesa que chegou antes. 
Creio que ela estava só, o que deduzo pela bagunça que encontrei, de quem pode deixar a louça para lavar depois porque não terá ninguém para reclamar.  
O apartamento tem uma sala grande, com uma grande TV e com uma cozinha americana com máquina de lavar louça. Os quartos grande e tem  ar-condicionado e dão para um patio que dá acesso a uma pequena lavanderia - é um bom apartamento. 






















Não localizava o endereço do apartamento no Google Maps até que descobri que, apesar de constar um número do prédio em um documento oficial que percebi que, no lugar do número eu precisaria  colocar o nome do prédio. O meu é o Ortigia, que tem número também mas na maioria das ruas, nas fachadas dos prédios encontramos nomes como: Valentine, Rejem (deve ser árabe pelo tipo fonte usada), C'est La Vie, The Willows, Petunia, indicando também a diversidade de nacionalidades existente no país.   




03 de agosto de 2019
Esta é minha segunda vez que venho a Malta. Recorri a publicação que fiz no blog quando estive aqui em agosto de 2017 para lembrar da sua história e reproduzo, abaixo, um resumo da história do país.
Primeiro vieram para a ilha os Fenícios, depois os romanos, os normandos e na idade média famílias aragonesas e catalãs se estabeleceram em Malta, quando o pais foi dividido em feudos. Em 1523 o rei Carlos I da Espanha a vendeu para a Ordem de São João que aqui permaneceram até a invasão de Napoleão Bonaparte. 
Em 1565 os Otomanos fizeram um cerco a ilha que durou 4 meses e, vencedores, os malteses acharam por bem construir novas fortificações. Foi somente com a ajuda da monarquia da Sicília, dos portugueses e dos ingleses que Malta conseguiu que os Otomanos capitulassem quando, então, os ingleses tomaram posse da ilha. Estas, no entanto, não impediu que no séc. XVIII  os franceses invadissem a ilha e aqui permanecessem durante 2 anos. 
O interesse dos franceses assim como os dos ingleses era a posição estratégica da ilha que facilitava o comércio com o oriente e pouco fizeram pelo desenvolvimento do país.
Durante a 1a Guerra Malta foi chamada de "enfermaria do Mediterrâneo" pelos serviços hospitalares que proporcionavam as tropas aliadas. Já, na 2a Guerra a situação foi outra: a Itália do ditador fascista Mussolini declarou guerra contra a Grâ-Bretanha e aliados e Malta sofreu um novo cerco que durou de 1940 até 1943 causando muita destruição e obrigando famílias inteiras a viverem em refúgios.
Os ingleses aqui permaneceram até 21 de setembro 1964, data da independência de Malta. Em março de 1979 as bases inglesas se retiraram da ilha embora esta ainda mantenha relações com a Grã Bretanha, através da Commonwealth. Também, desde 2004 Malta faz parte da União Europeia.