sábado, 3 de janeiro de 2015

PRAGA 2


ponte sobre rio Vltava (Mondava)

Hora estou sem WhatsApp porque não tem Wi-Fi ou porque tenho que atualizar e não consigo, hora fico sem poder escrever no blog porque o sinal do Wi-Fi é muito ruim e também não permite postar as fotos. Então apelo então para o facebook, mas numa segunda vez já não consigo mais também. Tentei tirar fotos com o celular e a câmera não funcionou. Tantas opções e nada funciona. Vou começar a comprar cartão postal e enviar pelos Correios. 

Mas vamos falar de Praga. Tem muito, mas muito turista nesta cidade, a maioria é do leste europeu, principalmente da Rússia; Encontrei alguns franceses e italianos e aqui no hostel há muitos asiáticos: chineses e sul coreanos. Estes últimos estão por toda parte.
Ao contrário de Viena onde 50% dos hóspedes do hostel era de brasileiros, aqui ainda não vi brasileiros. Mas há muitos brasileiros morando em Viena, creio que a procura de melhor ensino e qualidade de vida. Eu moraria tranquilamente em Viena, é  uma cidade linda, agradável, com uma vida cultural intensa. 

Já, Praga, embora também seja uma cidade interessante e culturalmente muito rica, é uma cidade com poucos espaços abertos pois não passou por uma reforma urbana - caso de Viena - e mantém seu traçado original com ruelas e passagens escuras. 
Mas a cidade toda é tombada pela Unesco e seu patrimônio arquitetônico é fantástico. 
Staré Mêsto (cidade velha)- atual Ministério do Desenvolvimento em estilo Art Nouveau
Staré Mêsto - Casa Storch na praça do relógio
Staré Mêsto
noiva tirando foto após casamento na prefeitura - um costume europeu
Também não seria outra a cidade onde Kafka escreveria suas obras tão cheia de melancolia. Não é o caso de Milan Kundera, que hoje mora em Paris. Deste último gostaria de reler "A insustentável Leveza do Ser" do Kundera porque fala sobre a Primavera de Praga e a Revolução de Veludo. A verdade é que pouco sei sobre a história política da República Checa. Se tivesse acesso ao Google tudo se resolveria, mas aí volto ao problema do Wi-Fi que não funciona. 
Museu Nacional de Praga

Em frente ao Museu Nacional fica a Praça São Venceslau (Václavské Námêstí) palco de muitos acontecimentos históricos dramáticos. Em 1968 Jan Palach se imolou queimando-se ao pés da estátua de São Venceslau e no mesmo ano, Jan Zajíc se suicida na mesma praça em protesto contra o Pacto de Varsóvia que anexou a Checoslovaquia à Rússia. Em 1969 há a ocupação militar das tropas do Pacto e em 1989 sua libertação, pela Revolução de Veludo.

Nové Mesto (cidade nova) - Praça de São Venceslau antes das 11 horas da manhã
Nové Mesto - Praça de São Venceslau no final da tarde com as feirinhas de natal ao centro.
ferreiro na feirinha de natal

Nas feirinhas de natal há também barraca de ferreiro e assadores de porco, bastante originais.

assando porco na feirinha de natal

Nové Mêsto - Praça da República. Torre Jindrisská
Nové Mêsto - Praça da República

(29 dezembro) Hoje fui almoçar no Café Imperial e comi um marreco muito bom, mas não aprovei  o tal bolinho de pão - tradicional aqui - que acompanhava o prato.
Café Imperial

Depois do almoço fui conhecer a sinagoga espanhola, no charmosíssimo bairro judeu, inspirada em Alhambra (Granada), belíssima. Foi construída por judeus fugidos da perseguição na Espanha.
Sinagoga Espanhola
Bairro judeu
bairro judeu - escultura de Kafka
escultura de Kafka

bonita fachada no bairro judeu

(31 de dezembro) Ontem voltei ao Castelo para conhecer a Ruela de Ouro onde morou uma irmã de Kafka e onde ele escreveu algumas de suas obras. São casas tão pequenas que é necessário abaixar-se para passar pela porta. Depois de um incêndio nos casebres que eram usados pelos guardas do castelo, o rei Rodolfo II mandou construir estas casinhas que passaram a ser usadas por ourives e alquimistas, daí o nome de Ruela de Ouro. 
Adicionar legenda
(01 janeiro) Hoje fui ao café Kavárna Slavia, frequentado por Václav Havel, políticos e intelectuais onde, finalmente, tomei um gulasch muito bom (o que tomei em Viena não foi muito bom). 


Café Kavárna Slavia


Depois fui ao Museu do Kafka. Havia somente fotos e manuscritos. Comprei uma biografia do Kafka, mas em inglês. Não sei se conseguirei ler, mas vou tentar. Porém o mais interessante foi a escultura na praça enfrente - os húngaros parecem ter uma fixação no falo!
próximo ao Museu do Kafka
escultura dentro do Castelo de Praga

Em seguida fui ao Klementinum. Um lugar interessante, escondido em um beco na parte velha (a parte nova é do séc. XVIII) com uma sala onde assisti um concerto de Mozart. Antes havia visitado a biblioteca, belíssima. Ambos, a sala de concerto e a biblioteca e mais a Torre onde fica o Observatório Astronômico, faziam parte de uma antiga universidade criada por jesuítas, hoje um museu.
Klementinum -Sala dos Espelhos
Klementinum - Capela dos Espelhos hoje sala de concertos
uma das salas da Biblioteca Nacional no  Klementinum

Às 5 da tarde, como já estava escuro, tomei um chocolate quente e voltei para o hostel. Amanhã cedo devo ir a estação de trem comprar passagem para Budapeste.

(02 de janeiro) As perspectivas são boas para Budapeste, sol na maior parte do tempo - aqui chove desde o início da manhã. 
Hoje fui até o Museu Nacional mas estava fechado para reforma. Pensei em ir ao Opera, que ficava perto mas as pernas protestaram. Acho que cansei, hoje faz 17 dias que estou na Europa e sinto que preciso fazer um break. 
Embarco as 15h para Budapeste e chego só as 22h, acho que vai dar para descansar bastante. Consegui comprar 2 livros em espanhol em uma grande livraria no centro, um sobre o Kafka - havia comprado outro em francês mas sem dicionário ficou difícil - e outro do Milan Kundera, "Amores Risíveis", que já vinha querendo ler desde que foi lançado no Brasil.
Estava pirando sem nada para ler, nem mesmo a FSP on-line. Espero que no hostel em Budapeste o Wi-Fi funcione bem. 


Msaic House é um hotel e o sujeito aí parece ter achado um jeito de sair sem pagar. 





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