domingo, 21 de julho de 2019

JAMES JOYCE

18 de julho de 2019
Hoje fui ao encontro da brasileira de Brasília que me foi apresentada por outro brasileira, esta de Floripa. Encontrei-a num café na rua Grafton e conversamos muito sobre nossas vidas. Ambas temos 69 anos e somos formada em psicologia e nos identificamos também no gostos por viagens, literatura - combinamos amanhã ir a leitura de  Joyce que  ocorrerá em um livraria - e política. Ela trabalha no Senado, num gabinete do DEM mas não é ligada ao partido.



Continuo acompanhando a política através dos jornais e revistas e as ultimas notícias são bastante assustadoras. Nossa republica de bananas esta ficando mais parecida com uma ditadura africana. Li hoje no O Globo a entrevista com um sociólogo espanhol, Manuel Castells, que diz que vivemos em uma sociedade da desinformação, que às pessoas não interessa se informar mas, se confirmar; que estamos vivendo um novo tipo de ditadura onde as instituições estão preservadas mas são manipuladas pela ideologia. A religião católica perdeu espaço para a evangélica, que é muito pior, porque considera que quanto mais informadas são as pessoas mais resistirão a doutrinação, assim a ciência e a educação não tem vez. É uma ditadura orwelliana, de ocupar mentes. As redes sociais e os robôs são usadas por movimentos totalitários, o que é muito perigoso. Diz também que só se resolveria com educação de qualidade que permita as pessoas pensarem autonomamente, ao contrario do que fazem as escolas militares que só ensinam a obedecer. E, que é preciso urgentemente uma reação da sociedade ao este Admirável Mundo Novo.

Depois de encontrar com a Débora, a brasiliense que conheci em Dublin, fui ao St. Stephen's Green, que fica bem no centro, ao lado da Grafton Street.







20 de julho de 2019
conforme havia combinado com Débora, as 15 horas em ponto estava na Sweny, o sebo ou livraria ou farmácia - não descobri o que é - do James Joyce onde haveria uma leitura do Joyce. 
Patrick, o simpático dono, faz leituras semanais, cada semana em um idioma, do livro do Joyce, "Ulisses" e nesta semana seria em português. Ele é professor universitário e entre outros idiomas fala português - verdade que quase tão mal quanto eu falo inglês.
Formamos um grupo pequeno e cada um lia um pouco. Ri muito porque é um texto bastante difícil, com muitos muito nomes próprios eu, invariavelmente, pronunciava-os errado. Me diverti com o inusitado de tudo. Mas, o Patrick, outra very singular person desta very special city, ficou nosso amigo e fomos depois tomar uma Guiness na taverna que era frequentada por Oscar Wilde e Samuel Beckett. Foi junto uma amiga dele, também muito agradável.









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