06/07/2017
Aviso aos navegados que o texto abaixo é mais um relatório pessoal sobre o tempo e os contratempos da viagem. Um break é quando vc faz uma parada, avalia tudo e vê se precisa fazer alguma correção. Aconselho, portanto, a pularem este texto.
Hoje chove torrencialmente, o dia todo e a previsão é amanhã continuar chovendo também. Aproveito para descansar, escrever bastante (pois sou muito prolixa) e ler o Estadão e a Veja on-line.
Pelas leituras concluo que, quando retornar ao Brasil, o Temer não será mais o presidente, mas sim o Rodrigo Maia, ou seja, trocaremos seis por meia dúzia. Mas, como o que importa são as reformas e estas estão paradas em função do presidentes estar sendo investigado, talvez dos males seja o menor.
Uma amiga que mora na Suécia me perguntou dia desses porque que a população não está mais indo para a rua. Disse que só poderia responder por mim e, que eu só voltaria para a rua para protestar contra o Fundo Eleitoral, defender as reformas e em apoio a Lava Jato.
Nunca para tirar o Temer ou colocar o Lula na cadeia. Não que não queira que isto aconteça mas porque, o problemas não são as pessoas mas o sistema todo. Minto, para por o Lula na cadeia, iria sim.
Quanto Temer, ele já nem governa mais. Lembro que teve um país, não lembro qual, que ficou um ano sem presidente, deu-se um imbróglio lá que eles não conseguiam resolver e o país ficou um ano sem. Penso que poderíamos deixar assim, sem presidente. Tem os ministros, o chefe da casa civil, o chanceler, cada um resolveria a sua área. Já pensaram na economia que não seria?
Bem, mas voltando a Madri, meu projeto era ir daqui ir até Avignon assistir ao festival, que é muito famoso mas, reconsiderei - percebi que não estou com esse pique todo. Acabei comprando passagem para Valência, pensando em pegar um barco para Ibiza ou Palma de Maiorca. Mas ainda preciso ver, quando chegar em Valência, qual o tempo de viagem e o custo.
Fiz a reserva para Valência pela Airbnb, mesmo não sendo nada do que eu esperava mas, como é alta temporada e os preços dos hotéis estão muito altos, ainda é a melhor opção.
Em Lisboa, depois do primeiro Airbnb, que acabei saindo antes porque o colchão era muito duro, não tinha armário e na janela não entrava sol, acabei encontrando um quarto confortável em um bom apartamento, bem localizado. Isto porque transgredi com as regras do Airbnb e fiz com que alguns me dessem o endereço para que pudesse conhecer antes de fechar a reserva.
Havia descoberto que as informações que eram passadas pelo site não correspondiam a realidade. Um deles dizia que ficava no Chiado (centro de Lisboa) e quando fui até o apartamento descobri que era num bairro distante. Também os quartos nunca são tão bons quanto mostram nas fotos.
Lembro que um dia, na praia em Camboriú, mostrei para o Colin e o Beto as reservas que havia feito e ainda disse: "olha que maravilha, e vou só pagar 30 euros!"
Bem, não são nenhuma maravilha! Na verdade, são todos guest houses, ou seja, são apartamentos com muitos quartos, uma pequena cozinha que pode ser usada pelos hóspedes, normalmente também com uma máquina de lavar roupa, e um ou mais banheiros. O dono não mora no apartamento, ele só te entrega as chaves no check-in e vc só o vê novamente no check-out. Eu que pensava que eram casas de família, me dei mal.
Mas fui pegando os macetes, aprendendo a ler nas entrelinhas dos sites e já estou sabendo selecionar melhor. Infelizmente, continuarei dependendo deles porque é a forma de hospedagem mais barata, depois dos hostels.
Na volta a Lisboa, pretendo continuar no mesmo que estava antes de sair, que é o apartamento de uma garota italiana, Anna, que mora também com um italiano e a namorada deste. Ela aluga o quarto dela, dorme no apartamento do namorado e volta durante o dia para o apartamento. O que acho excelente porque posso trocar algumas informações com ela, que é muito querida.
Já precisei ir na centro de saúde pegar uma receita médica, também precisei de um dentista porque caiu uma restauração e foi o Google quem resolveu, mas mais importante do que isto, é poder trocar opinião e saber dela como é ser uma imigrante em Portugal, como tudo funciona lá.
Anna foi um dos que me deram o endereço (contrariando a norma da Airbnb) que fui antes conhecer o apartamento. Achei-a meio maluquinha, mas acabei fechando com ela e dando um valor de reserva. Uma semana depois mudei e meus receios, em parte, desapareceram. Falo em parte porque ainda temo algum contratempo. Já dei a ela 50% da próxima reserva e, como ela viajou para a Itália e uma amiga é quem irá me passar as chaves, ainda receio alguma "furada" dela. Mas, devo dizer que tal receio se deve mais ao fato de que sou do tipo que não confia nem na própria sombra.
Claro que acabamos fechando o contrato sem a participação da Airbnb. Mas hoje me dou conta de como é importante ter uma empresa por trás pois se houver algum problema com a Anna, não tenho quem assuma a responsabilidade. E, quando cancelei parte da minha reserva no primeiro quarto e desmarquei uma outra, eles estornaram para meu cartão o valor integral. Foi tudo rápido e fácil. O problema não é a prestação do serviço da Airbnb mas sim a qualidade das acomodações.
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