terça-feira, 29 de agosto de 2017

UFAH...CANSEI

29/08/2017
Tia Maria, que vem-me seguindo bravamente, perguntou-me se não estou cansada desta maratona. Confesso que cansei, sim. Mas não é um cansaço físico, é mais um cansaço mental pois, em cada cidade que chego, preciso me adaptar ao idioma local, me informar sobre os lugar que vou visitar, saber como chegar lá e, isto inclui entender como funciona o transporte público, p.ex. 
É muita informação para ser elaborada e, enquanto o corpo se recupera rápido, a mente precisa de mais tempo - é necessário acionar o pause de vez em quando, o que para mim é muito muito difícil. 
Poderia ter ido para a Sicília, num bate e volta de um dia, porque é muito perto, são só 93 km de ferrys e pode-se pegar de manhã e voltar no final do dia. Mas não fui porque sinto que meus neurônios não aguentam mais. Ou neurônio, no singular, porque as vezes acho que só tenho um (um caso de cérebro de ameba)

Ontem, pretendia conhecer as Catacumbas, em Rabat e fui para o ponto do ônibus que fica em frente ao hotel. Uma hora e nada do bus 222! Desisti e fui para Valletta para onde tem ônibus de 5 em 5 minutos e, de lá para  Marsaxlokk.
Hoje não falo sobre lugares, palácios ou igrejas, mas sobre os Bus - são, como no restante da Europa, confortáveis, mas vivem lotados nos horários de pico e são muitos, congestionando as ruas estreitas das cidades. Como eles não tem metrô, todo o transporte coletivo é feito por ônibus. 

Turista só anda de ônibus (só os brasileiro não abrem mão dos táxis) e os europeus pegam ônibus até quando vão para o aeroporto com malas enormes.  E, na ilha toda, que é menor que Floripa, deve ter uns 5 mi de turistas. A maioria italiano depois inglês e outros que não soube identificar, creio que do leste europeu. 

Malta é um pais com um IDH alto e um PIB Per Capita que é o dobro do Brasil porém, do ponto de vista urbanístico se parece muito com nossas cidades com seus engarrafamentos, calçadas estreitas e fiação elétrica aérea. 
Tudo aqui é um pouco caótico: o trânsito, a circulação das pessoas e o grande número de construções, com gruas e andaimes nas calçadas, agravando mais esta sensação de caos. 
Claro que isto não inclui as cidades históricas, Valletta e Mdina que não tem circulação de carros e são bem muito bem cuidadas.    

A foto abaixo de Sliema lembra um pouco a orla de Copacabana com seus bistrôs nas calçadas.


Amanhã, ufah... embarco para Madri e em seguida, para Lisboa. Durmo em Lisboa e no dia seguinte encontro com uma amiga. Vamos para Oeiras (ela já esta lá, na casa de uma ex-cunhada e irá a Lisboa para me encontrar), para aquele lindo vilarejo português, onde pretendo, finalmente, descansar.   

Um comentário:

  1. Li em alta voz teu relato para Lúcia e Cristina que se divertiram com teu bom humor! O bom do cansaço neste caso, é que é passageiro e você sabe que logo irá descansar e terá belas recordações! Então volta para tua segunda pátria! Que bom! Semana passada falei com Gelsa Helena que me ligou pedindo documentos e então contou que está indo para Lisboa final de setembro com uma afilhada que vai para estudos e pediu companhia para ficar com os filhos que são pequenos, por uma semana. Depois Selso irá encontrá-la e ficarão uns 20 dias se não me engano em Sintra, ela já locou ape para aquele período. Eles retornam depois do dia 20 de outubro. Agora estão no RS com a mãe do Selso. Pena que está viagem não coincidiu com sua estada aí! Enfim, bom descanso e bom retorno para as terras portuguesas. Beijos

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