2011
6. ITALIA
6.1.
ROMA
20
de julho - Com a
aeronave lotada o embarque foi antecipado em uma hora – havia uma tripulação,
entre crianças e idosos, de 300 pessoas que precisavam ser acomodadas nas
poltronas. O Ar condicionado estava em torno de 10 graus e fui logo pedindo 2
mantas para me aquecer.
Depois de algumas tentativas para
encontrar algo interessante na TV, resolvi puxar conversa com os 2
mato-grossenses que estavam sentados meu lado. Uma advogada paulista com uma
filha pequena, atrás das nossas poltronas, entrou na conversa.
Foi um voo diferente dos que já fizera
até então: formaram-se grupinhos de passageiros, alguns mantinham-se em pé
encostados nas poltronas, conversando ou andando pelos corredores ou mesmo indo
pegar refrigerante/vinho para beber – parecia o foyer de um teatro durante o
intervalo de uma peça.
Na chegada em Fiumicino peguei um trem
para Roma Termine - achei caro, 14 euros e não muito confortável. Da próxima
vez pegarei um ônibus que demora um pouco mais mas é mais confortável. O táxi
até o hotel custou 6,50 euros.
O hotel não era bem um hotel mas um
B&B (hoje chamaria de Guest), indicação de uma amiga da prima Vania. Ficava
na Piazza S. Giovanni e Laterano, perto do Coliseu e a entrada era pela Via
Tasso (infelizmente não guardei o contato). Recebi as chaves da portaria,
do apto e do quarto (nenhum predio na Europa tem porteiro ou recepção). Na
entrada havia uma salinha para o café de amanhã (tudo self service) e um quarto, uma ducha ótima e o local era
silencioso.
Já instalada, resolvi dormir o resto da tarde e as 7h da noite peguei o metro para a Piazza dei Espanha em direção à trattoria Fiaschetteria Beltramme, na Via dell Croce que, segundo meu guia de viagem, era a preferida de Feline. Não tive problema em achar o endereço porque salvo no Google maps os locais onde quero ir.
Quando cheguei as mesas da calçada estavam lotadas, entrei e sentei numa que estava desocupada, até que veio o garçom pedindo que mudasse para outra onde já estavam sentados um casal, que vim a saber serem franceses da Normandia e uma garota, uma jornalista americana.
Eram todos muito simpáticos e, apesar
do meu constrangimento inicial, foi um jantar muito agradável. Conversamos em
francês (aproveitava para treinar o idioma, visto que iria depois para a
França), a americana também não falava muito bem mas nos esforçávamos para
sermos compreendidas pelo casal que parecia não se incomodar com nossos
tropeços. O importante é que conseguimos trocar algumas informações sobre
restaurantes, gelaterias e museus.
Nota: o mesmo ocorreu em Paris, com a
prima Vania, que fez cara feia quando nos obrigaram a sentar com estranhos.
Tenho outra prima que, acho, que faria o mesmo, rsrsrs.
Após o jantar fui procurar um ponto de
ônibus para voltar para casa (o metro fechava as 9h da noite!) e, como acabei
perto da Fontana di Trevi -
ainda lotada as 10h da noite – ainda tomando um sorvete antes de
dormir.
21
de julho – Estávamos
em meados de julho, em pleno verão e a temperatura era amena, em torno de 22
graus. Em julho a maioria das lojas e restaurantes ainda estão abertas, ao
contrário de agosto quando os italianos saem em férias e muitos
estabelecimentos comerciais fecham e nas portas das lojas e
restaurantes encontramos cartazes escrito: “chiuso per ferragosto” (fechado para férias de agosto).
Seguia para a Via Del Corso para
procurar para comprar um óculos de grau. Um multifocal saia por 225 euros com
armação D&G mas não ficaria pronto à tempo visto que viajaria dali a 2 dias
para Nápoles. Disse q voltaria em agosto e descobri que em agosto, não só a
loja estaria chiude (fechada).
Oficialmente, "Ferragosto"
inicia dia 15 de agosto, dia de Assunção de Maria.e vai até o final do mês.
Nunca vi disto isto: fechar tudo...seria impossível no Brasil!
6.1.4. PIAZZA NAVONA E VIA DEL CROCCE
Estava na Stazione Rome Termini para comprar as passagens para meus próximos
destinos mas a fila era tão grande que desisti e segui para a Piazza Navona, onde experimentei o tal
de tartufo, que nada mais é do que sorvete de chocolate com chantili.
Mais tarde voltei a estação para comprar as passagens mas a fila continuava imensa e resolvi arriscar nas máquinas. Consegui comprar para Nápoles, faltando para Veneza e as internacionais, que só vendiam no guichê. Preparava-me para enfrentar a fila do guichê quando fiquei sabendo que estavam encerrando as vendas e as bilheterias permaneceriam fechadas por 24 horas porque entrariam em greve, só retomariam as vendas no sábado (dali há 2 dias). Descobria, então, que os italianos adoram uma greve – e ainda haveriam muitas outras!
22
de julho – Com a
greve dos transportes (outra greve!) tentei pegar um táxi – há muitos em Roma –
mas todos passavam ocupados até que consegui, finalmente, pegar um bonde
(bastante confortável) para o centro. Em dias normais os ônibus demoram um
pouco e, em geral, estão lotados. Isto porque só tem 2 linhas de metrô pela
impossibilidade de escavar o subsolo da cidade e danificar o patrimônio
histórico, que deve ser o motivo pelo qual os italianos preferem o transporte
individual – há muitos Smarts mas também Mercedes e BMW pela cidade.
Neste dia fiquei pela Piazza St.
Eustacchio, num café com mesas na calçada, aproveitando para tomar um pouco de
sol enquanto observava os turistas. Havia muitos franceses, ingleses, latinos
em menor número, mas alemães e japoneses – estes sempre em grupo, seguindo um
guia com uma bandeirinha. Além do pessoal do comércio, não vi italianos,
confirmando que a maioria vai para o litoral ou está nos Alpes no mês de
agosto.
6.1.6. TRASTEVERE
23
de julho – Voltei a
estação para comprar o restante das passagens (comprei de Milão para Veneza,
ficaram ainda faltando as internacionais). Depois fui a Trastevere, um bairro
ao lado do Vaticano onde andei um bocado a procura de um restaurante indicado
por uma italiana que havia conhecido na Aliança francesa, em Paris e, quando
finalmente o encontrei, estava “chiuso”.
Aconselho a todos a sempre viajar fora da alta temporada!
ônibus, no meu retorno para o centro. O único banco disponível estava ocupado por uma criança, filho da indiana, e a italiana queria sentar nele (confesso que também nunca entendi porque as criança ficam sentada quando há idosos em pé). Mas o problema era a forma ofensiva que a italiana falava com a mulher. Era o famoso mau humor italiano!
Depois, no hotel tratei de arrumar as
malas porque no dia seguinte embarcaria para Nápoles, desistindo de ir ao
mercado de Porta Portese, já cansada
de ver tantos camelôs e ambulantes pelas ruas.
Em meio à belos cenários e prédios
históricos, o que se vê no centro é um imenso mercado de bugigangas para
turistas, desde imitação de bolsas de grife à produtos chineses e indianos.
24
de dezembro - Depois de
ficar uma hora na fila do guarda-volumes para deixar uma mala e seguir viagem
só com uma mochila, sentei no chão da Stazione
Termine (não há bancos!), aguardando anunciarem no painel a saída do meu
trem para Nápoles, que está só 2h40m atrasado – putz, it's Italian!
Ia conhecer a Costa
Amalfitana, mas solo uno piccollo,
ia somente a Capri, senão a Nilce deixaria de ser minha amiga, visto que
prometi fazer esta viajem de carro, com ela.
6.2. NÁPOLES
6.2.1.
GREVE DOS LIXEIROS E A CAMORRA
24
de julho – A chegada
em Nápoles não foi das mais felizes, começando pelo “Grande Hotel Sweet Home”.
Estava parada em frente, sem acreditar no que via, quando um homem com roupas
da África subsaariana entrava no prédio e fez um gesto para que eu o seguisse
mas “saí foi correndo”. O hotel, que ficava no entorno da estação de trem, era
horrível, tinha até janela com vidro quebrado. Hoje sei que na Italia e, mais
ainda, em Nápoles, deve-se ficar longe dos hotéis que ficam próximo as estações
de trem, porque são regiões de imigrantes. (Esclareço que aqui “imigrantes”
significa estrangeiros sem recursos que precisam alojar-se em lugares
baratos).
No hotal, larguei a mochila no quarto
e saí para comer, voltando em seguida para descansar, sem ânimo de passear pela
cidade.
No dia seguinte fui me informar sobre os horários de barco para Capri e em seguida, visitar o museu arqueológico que possui um grande acervo de peças de Pompéia, depois a bela Galeria Umberto I. Minha impressão sobre a cidade, de início assustadora, melhorava um pouco.
Sai para procurar uma agencia de
viagem p comprar a passagem p Atenas (irei daqui a 2 dias) e me informar sobre
os horários de barco p Capri, p onde irei amanhã.
Além de o Vesúvio e Pompéia estarem
próximos daqui. Preferi ir a Capri, porque é praia e dá para fazer tudo, fica
muito cansativo.
6.3. CAPRI
6.3.1. VILA DE CAPRI E ANACAPRI
26 de julho - No outro dia peguei o Aliscafo, há
também os Hidrofólis, os últimos são mais rápidos mas também, mais caros. Do
barco foi possível ver o Vesúvio e também Sorrento, uma península da Costa
Amalfitana.
Antes
subir para Capri fiz um passeio de barco ao redor da ilha para conhecer a
famosa Grotta azzurra, os Fariglionis – belíssimos rochedos no meio do mar, que
são a marca registrada de Capri. Não há praias, só rochedos e paredões de calcário.
Tibério,
que governou o império romano do seu castelo no alto de Capri - chegou a ter 12
palácios, o principal foi a Villa Jovis - no famoso Salto di Tibério, um
precipício de onde, dizem, mandava jogar os desafetos. Mas Capri foi também
residência de alguns escritores, entre este M. Gorki, Neruda, G. Greene.
A Piazzeta, a praça principal de Capri, é muito simpática e a vila é cheia de
ruelas com lojinhas, restaurantes, hotéis, galerias, embora nada muito
acessíveis ao bolso de pobres viajantes, come yo.
7. GRECIA
27de
julho – Meu joelho esquerdo inchou um pouco e vinha evitado andar muito, razão
pela qual resolvi ir direto de Nápoles para Atenas. Sairia mais
barato retornar a Roma de trem e de lá embarcar para Atenas - tivesse
alguns anos a menos faria isto, ma non più.
Assim, fui direto para Atenas. Quando desci do
avião já senti aquela lufada de ar quente. A temperatura estava entre 34 e
36 graus...meraviglioso! Vou poder usar vestido de alcinha, dormir com a
janela aberta. Adoro la Grecia.
No dia da minha chegada fiz um Citysightseeing e paguei uma passagem de
24h para pegar de graça o ônibus no dia seguinte. No dia seguinte fui então à
Acrópole e descobri que o ônibus não levava até o alto e havia muitos degraus
para subir (creio que são 300 metros) que tinha que ser feito a pé. Pensei que
tanto esforço bem poderia ser recompensado com algum deus grego, mas um bem
vivinho, claro. Mas nada!
Do alto há uma ampla visão da cidade e vemos
como Atenas é grande e espalhada, ela tem em torno de 3 milhões de
habitantes.
7.1.2. UMA CIDADE MODERNA E AGRADÁVEL
28 de
julho – Na manhã seguinte fui à Monastiraki, região de antiquários
e bugigangas para turistas, que me vez caminhar mais do que deveria porque
é impossível resistir a tantas coisas interessantes. Dá vontade de comprar tudo
mas, tem que ter muita grana para também pagar o envio para o Brasil.
É uma cidade agradável, limpa e bem organizada,
não tinha engarrafamentos e o transporte coletivo era muito bom, com várias
opções de ônibus, bonde elétrico e metrô. Este só com 2 linhas pela existência
de sítios arqueológico no subsolo.
O povo, ao contrário do que esperava, era simpático e prestativo. A exceção dos taxistas, que não eram muito honestos, mas isto ocorre em quase todos os lugares, principalmente se você é mulher e está sozinha.
Havia pego um ônibus no aeroporto e descido na
praça Syntagma quando fui perguntar a um taxista quanto cobraria para me levar
até o hotel, respondeu que 25 euros e quando disse que estava caro e ele
respondeu que era longe dali. Mas, gata escaldada, fui me informar onde ficava
o hotel e descobri que ficava à poucas quadras dali. Como viajo com uma mala de
10 kg fui arrastando-a até o hotel.
7.1.3. PRAÇA SYNTAGMA E OS MOVIMENTOS DOS
CIDADÃOS INDIGNADOS
Os protestos anti-austeridade, inspirados na
Espanha e desencadeados pela crise econômica na Europa, haviam chegado à Grécia
em Maio e em julho limitavam-se à Praça Sintagma. Ainda haviam muitos jovens
acampados em barracas e faixas com palavras de ordem, algumas com foto de
Guevara.
No dia seguinte retornei à Acropole para
assistir a ópera “Nabucodonossor” nas ruínas do teatro de Herodes, fantastico.
O problema foi ter que acordar no dia seguinte as 6h da manhã para pegar o
barco p Mikonos. Não vejo a hora de pegar uma praia.
29 de
julho – Das ilha Ciclades: Mikonos e Santorine são as mais frequentadas por
turistas e creio que as mais bonitas também. Mikonos foi paixão à primeira
vista. Não deve existir mar mais azul e nem tão transparente do que aquele. O
contraste do azul do mar com a paisagem agreste pontilhada de casinhas pintadas
de branco, janelas azuis, são de uma beleza singular.
7.2.1. PRAIA DE PLATÝS
30 de julho - A primeira coisa que fiz quando
cheguei em Mikonos foi ir à praia Platýs, não muito longe do hotel, aluguei uma
espreguiçadeira – cada restaurante controla o espaço à sua frente e as
espreguiçadeiras e guarda-sóis tem uma cor diferenciando-os (como é na
Europa) e, como não ia consumir nada, paguei
5
euros pela espreguiçadeira. Só percebi porque poucos entrava na água quando
fui molhar os pés: é muito mas muito fria e deu uma tremenda frustração não
poder entrar naquele mar azul lindo, transparente.
Há
poucos carros e as pessoas circulavam de motos ou triciclo, havendo muitos
locais para aluga-los. A noite, fui caminhar no centro onde havia muita gente,
a maioria jovem, andando pelas ruas estreitas, cheias de lojinhas e
restaurantes, que chamam de tavernas. Encontrei mais brasileiros do que em
qualquer outro lugar.
7.3.1.
MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA
31 de
julho – Não poderia deixar de ir ao Museu Nacional de Arqueologia, um dos mais
importantes do mundo, ver sua coleção que vai desde o período neolítico até o
fim da era romana.
8. TURQUIA
8.1. ISTAMBUL
8.1.1. O TURCO É MUITO COMUNICATIVO
01 de agosto – Quase que não me deixam entrar na Turquia
porque não tinha passagem de saída do país. Apresentei as reservas de hoteis,
para a Hungria e Croácia, e aceitaram como prova de que não ficaria no país.
Expliquei que pensava comprar as passagem para a Hungria e a Croácia quando
chegasse na Turquia. No final deu tudo certo e também acertei no
hotel que era bom.
E eram muitas e muitas
lojas de tapetes - como resistir, pensei?!. Mas não são baratos, um kilim
tamanho médio sai por uns 300/400 euros.
O hotel ficava também
perto dos locais históricos o que me permitia ir a pé à Blue Mosq,
ao Palácio Topkapi e ao Grand Bazar.
Estava em frente ao
hotel e, do outro lado da rua um vendedor, de quem havia comprado umas
almofadas, gritou “Brasil” e me abanou. Que povo simpático pensei.
No lado europeu de
Istambul, na Península Histórica, onde fiquei hospedada, a maioria das mulheres
vestiam burca, mesmo com um calor de 40 graus. Enquanto que no lado oriental da
cidade, mais moderno, a maioria as mulheres vestiam com roupas ocidentais.
Istambul é essa uma mistura de oriente e ocidente.
A antiga
Constantinopla, com Atatürk (fundador da república turca de 1923 até 1938) foi
um país laico até o novo governo, com Erdogan, um conservador. E vem regredindo
– e ainda querem entrar para a União Européia, com estes costumes
milenares!
Quando vinha do aeroporto, no metrô, encontrei uma muçulmana vestindo uma gabardine grossa, fechada até o pescoço, por cima de uma saia também grossa (e ainda devia ter mais saias por baixo) apesar do calor de 35 graus dentro do vagão - lotado!
Os homens, claro, estavam em manga de camisa e, mesmo com ar condicionado, o cheiro de suor era insuportável. Segundo explicou meu primo Beto, tanta roupa é para que o suor não evapore e não percam água, mantendo a temperatura corporal.
A cidade é linda mas dá
para ficar no máximo 5 dias porque é também um caos. Hoje tem 2.500 milhões de
habitantes e, na região metropolitana, 12 milhões. O transporte coletivo era
bom mas o trânsito é desorganizado e engarrafado.
Estava no lado europeu, ocidental e para ir para o lado oriental precisa ir de metro, que atravessava o Bósforo por baixo da água ou passar por uma ponte.
Com o tempo fui vendo que, o que antes havia atribuído à simpatia do homem turco era, na verdade, abuso ou falta de respeito e, se lhes dá confiança, tornam-se insolentes.
Desisti também do
passeio para à Capadócia, pois teria que ir de avião e levantar as 5h da manhã
para andar de balão. Resolvi fazer somente o passeio de barco pelo estreito de
Bósforo, um passeio curto de um dia só.
03 de agosto – A Mesquita Azul, chamada de Blue
Mosq, construída pelo sultão Ahmet, em 1609 valeu a fila para entrar e a
chatice de se cobrir toda. Levei um lenço para a cabeça mas fui com um vestido
até o joelho e tive que tampar também as pernas. Na porta distribuíam
panos para as pessoas se cobrirem - fazer o quê? Estava na igreja deles e tinha
que seguir suas regras.
Depois fui a Santa Sofia, uma igreja otomana, construída em 537, na era bizantina, transformada em mesquita, e hoje um museu.
4 de agosto – O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico,
período de jejum e reflexão. No final fazem festa ou vão para os parques
fazer pic-nics.
Era Hamadã, quando eles não podem deixar o cliente sair sem vender, chegando a serem cansativos, não te largam enquanto não vendem. E os tapetes eram belíssimos e eles tem uma maneira de embalar que não fica difícil transportar. Não resisti e depois de muito pechinchar - obrigatório no país - comprei um tapete de 600 liras que ficou por 400 liras. A lira estava mais ou menos o mesmo valor do real 2,43 por 1 euros e paguei, assim, 164,60 euros.
Creio que colocam o
dobro do preço para que você acredite que fez um excelente negócio. Está no
Alcoorão que todo árabe deve saber negociar.
Fui depois ao Grand
Bazar, que é uma cidade dentro da cidade, cheio de vielas com bancos, mesquitas
e até um banho turco. São 307 mil metros quadrados de tapetes, luminárias,
roupas, etc.
8.1.4. PALACIO TOPKAPI
05 de agosto – Hoje fui ao Palácio Topkapi, que já foi o
centro administrativo do império otomano e hoje é um museu. É imenso, tem uma
área de 700 mil m2, duas vezes a área do Vaticano e metade de Mônaco. Moravam
no palácio cerca de 5 mil pessoas e só na cozinha trabalhavam 1.200 pessoas.
Hoje o complexo da cozinha abriga a 3a maior coleção de cerâmica do mundo.
Também estão expostos tesouros: como joias, candelabros, serviço de jantar em
ouro, móveis, vários tronos em ouro, etc.
Embora o islã permita
somente 4 mulheres alguns chegavam a ter centenas. Elas eram trazidas dos
países conquistados, ou compradas nos mercados de escravos ou mesmo oferecidas
ao sultão. Tinham que mudar de nome e religião e passavam por um estágio na ala
das noviças. As que tinham filhos com o sultão ocupavam outra ala do harém,
eram as Favoritas. Como o sultanato passava para o filho mais velho, a
concubina queria ser a que dava o primeiro filho ao sultão para tornar-se a
“haseki”, a Preferida e, quem tinha o 2o filho na ordem de sucessão tentava
matar o herdeiro, para ocupar o posto.
Quem assistiu ao filme
“Lanternas Vermelhas” de Yimou Zhang, sabe como era a vida nos haréns e o jogo
de poder que existia.
7 de agosto – Minha despedida de Istambul
foi com um passeio de barco pelo Estreito de Bósforo, que faz a ligação
entre o mar negro e o mediterrâneo. Onde se vê a face mais rica desta cidade de
tantos contrastes, com suas construções do tempo do Império Romano do Oriente
ou Império Bizantino, hoje transformadas em hotel de luxo.
Conheci uma família do Azerbaijão no passeio porque falo com todo mundo, mesmo com meu inglês tupiniquim; não tenho constrangimento. Gosto de conhecer gente de todo canto do mundo e o Brasil sempre desperta curiosidade nas pessoas.
9. CROÁCIA
08 de agosto – Desci em Zagreb, onde fiquei até as 19h,
aproveitando para conhecer a capital da Croácia e embarcando à noite para
Split, onde fiquei até dia 11/12.
Era domingo e
encontrei o centro sem uma viva alma nas ruas, as lojas fechadas,
inclusive os museus, alguns raros turistas nos cafés. Até nos parques não
se via quase ninguém.
Foi sorte ter
feito uma conexão em Zagreb porque quando estava no aeroporto aguardando para
embarcar para Split percebi que tinha perdido um pelicano de pelúcia que havia
comprado em Mikonos e levava para minha cachorrinha.
Saí
perguntando pelo pelicano até que resolvi ir na seção de Achados & Perdidos
e chegando lá fui surpreendida ao ver numa estante uma sacola de viagem que me
pertencia. Tinha outra mala que tinha ido direto para Split e a sacola, que
deveria ter ido junto estava lá, fazendo o quê, não descobri.
Acabava de
salvar os presentes e um tapete comprado em Istambul. Quando perguntei o que
fazia ali minha sacola e responderam-me que estava danificada e por isto não
foi despachada junto com a outra bagagem para o destino final (!?).
Com a sacola em
mãos sai depois para procurar o pelicano que guardo até hoje como um amuleto da
sorte.
9.2. SPLIT
9.2.1. LA COSTANERA
08 de agosto – Amei Split, é linda, ficaria um ano ou o resto
da minha vida neste lugar. Split é uma mistura de Cote d'Azur com ilhas gregas.
Não sei no inverno, talvez faça frio, vente muito, afinal fica no hemisfério
norte, distante da linha do equador.
hostel onde fiquei fiquei era dentro de um bar
– não podia ser melhor! - A foto à E é do quarto que fiquei no primeiro dia,
houve um imprevisto e me deram um quarto melhor, mas depois mudei para o meu
mesmo, que era um quarto coletivo, muito divertido, porque tinha homem, mulher,
criança, o que é muito comum em hostels. Mas era bonito, como o anterior, só
que com mais camas. Era silencioso, não encontrava com ninguém porque as camas
eram só para dormir, cada um que chega, entra silencioso, "na ponta dos
pés", se enfia nas camas e você só percebe algum movimentos se estiver
acordada.
Tudo lá gira em torno
do Palácio de Dioclesiano, que foi tombado pela UNESCO e é patrimônio cultural
da humanidade, fica no meio da baía de Split, de frente para o mar, junto a La
Costanera. Mais parece uma vila porque é cheio de ruelas com lojas,
restaurantes, hotéis e também, claro, um bazar com quinquilharias para turistas
(ao menos aqui não estão nas ruas). O imperador Dioclesiano viveu no
palácio de 305 até sua morte em 316 durante o império otomano.
Como o euro está em
7,40 Kunas (a moeda deles). Troquei 100 euros no aeroporto e recebi 740 kunas,
mas paguei por uma coca-cola 20 kunas, 30 kunas no onibus do aeroporto até o
centro, 70 kunas o almoço, ou seja, 100 kunas vai num instante.
A temperatura aqui
nesta época fica em torno de 32o, mas há um vento constante e no inverno a
temperatura média é de 17o. E o mais importante, chove pouco e mais no inverno.
10 de agosto – Mesmo assim não dispensei ficar torrando no
sol e fui a ilha de Brac (tem um acento, um chapeuzinho ao contrário encima da
letra C e pronuncia-se “bracha”). A ilha é um charme a ilha, mas praia... o que
parecia ser areia eram pedras, o que já havia encontrado em Split, porque é da
mesma cor da areia e engana quem olha as fotos.
10.1.1. PIAZZA NAVONA E LA ESCALETTA DEGLI ARTISTI
13 de agosto – Depois de viajar para a Grécia,
Turquia e Croácia voltei à Roma para encontrar com minha prima, Vania. Depois
de pega-la no aeroporto fomos almoça no La Escaletta degli Artisti
(aconselho a procurar no Google maps, fica próximo à Piazza Navona) onde, em
suas mesas sentavam Victorio Gasmann, Alberto Sordi, etc. e onde comi o
risoto de camarão mais fantástico da minha vida. Não à toa andei engordando um
pouco, também porque acompanhava a Vania na cervejinhas, que troquei depois
pelo prosecco!
Na foto abaixo foto da embaixada do
Brasil na Piazza Navona.
Quando
viajamos pelo velho continente, principalmente por países banhados pelo
mediterrâneo, Grécia, Turquia, Croácia, etc. e por países do
norte da África, encontramos vestígios do antigo Império.
10.1.2.
VATICANO E TRASTEVERE
16 de agosto – No Vaticano só conseguimos ver a
Basílica de São Pedro, para a Capela Sistina havia uma fila de mais de uma hora
debaixo de um sol escaldante que nos fez desistir. Eu ainda aguentaria mas não
minha prima e fomos para Trastévere almoçar onde encontrei bem menos gente do
que em julho. O calor inclemente de agosto obrigava os romanos a saírem em
férias e a fechar tudo: restaurantes, lojas, etc. Nas portas é comum encontrar
um cartaz escrito: “è chiuso per ferragosto” (fechado para férias de agosto).
10.1.3. VILLA
BORGHESE
Um lugar
recomendado para fugir do calor em Roma é a Villa Borghese, com um belo museu
no meio de um lindo parque e outros menores distribuídos pelo parque.
10.2.1. MOLTO CALDO A FIRENZE
17 de
agosto – Fomos de trem para Firenze; estava muito calor, o termômetro marcava 45°
mas a sensação térmica era de 47°.
Nosso hotel ficava no centro, a uma quadra do Duomo. A localização era
ótima mas tinha um inconveniente: o barulho da rua e, como o quarto não
tinha ar condicionado tínhamos que dormir com a janela aberta. Também não tinha
wi-fi, o que para mim era ainda mais grave.
Bastava andar uma quadra e já tínhamos que parar para tomar uma coca-la
ou um sorvete para resistir ao calor, agravado pelo fato que Firenzze é uma
cidade que não tem verde. Mas tem um fantástico patrimônio arquitetônico medieval
e andar pelas ruelas estreitas do centro à noite fazia com que me sentisse em um
filme de época. Até “ouvia” o casco de um cavalo e montado nele um cavaleiro
medieval com sua capa preta.
Numa esquina ficava a casa de Dante Alighieri mais adiante a ponte e o
palácio Vechio e numa praça, a antiga
residência dos Médices, o Pallazo Pitti.
10.2.2. GALLERIA DEGLI UFFIZI
21 de agosto – A Galleria Degli Uffizi, mandada construir pelos Medices em 1560, inicialmente para reunir toda a administração pública, hoje é um belíssimo museu. Onde estão as obras de arte da família Médice e uma das maiores coleções artísticas do mundo: Rafael, Rubens, Rembrant, Velasquez, Delacroix, Ensor, etc. o que justificava as mais de 3h na fila. Entre os turistas, muitos brasileiros.
Fomos depois a Galeria da Academia de Arte, onde estão os pintores
florentinos, esculturas da época romana e, entre estas, a original de David, do Michelangelo (a que está
em frente ao palácio Vecchio é uma
cópia).
São muitos os museus, igrejas e palácios belíssimos mas também
algumas cafeterias e lojas possuem afrescos muito bonitos pois são todos
prédios com não menos de 300 anos.
A ponte Vecchio, a
construção mais antiga de Firenze e única no gênero que sobrou após os
bombardeios da 2a guerra e destruída em 1333 por uma enchente, foi reconstruída
em 1345. A parte interna dela é toda tomada por lojinhas de ourives, isto
já desde o tempo dos Médices, o que impede que se observe melhor sua
arquitetura mas, antes dos ourives eram os açougueiros, que jogavam as
carcaças no rio, poluindo-o.
Firenze, apesar da sua arquitetura belíssima, não empolgou porque não
havia o que fazer além de visitar museus e igrejas, não havia eventos culturais
– porque era ferragosto, talvez. Mas
tinha uma pizzaria maravilhosa próxima ao centro, cujo nome não guardei,
infelizmente.
11. MILÃO
23 de
agosto – Depois de Firenze fomos para Milão. Como ficava mais ao norte
esperava um clima mais ameno mas não foi o que ocorre.
Como era ainda ferragosto
muitas lojas, restaurantes e até lavanderias estavam fechadas. A
cidade estava vazia, nem muitos turistas tinha. Infelizmente não anotei nome
dos restaurantes nem do hotel onde ficamos hospedadas, que era perto do centro,
da Ópera de Milão e do Castelo porque era muito bom.
E hoje já não é mais Mikonos ou Split, agora é em Milão
onde gostaria de morar. Milão tem história, prédios antigos
belíssimos, tem a Ópera de Milão, além do Duomo, da Galeria Victor Emanuelle II
e muitos museus.
25 de
agosto – Ficamos encantadas com a cidade com suas avenidas largas, muitos
espaços abertos, muito verde, muitos parques e um belo jardim junto ao Castelo
Sforzesco onde deitamos na grama, debaixo das arvores. Havia um chafariz em
frente ao castelo e também entrei para me refrescar.
Milão foi a cidade da Itália onde tivemos mais contato com locais, onde também descobrimos o quanto os italianos são simpáticos e galanteadores. Sentadas nos cafés da Via Dante nos divertíamos observando os garçons fazendo galanteios a todas as mulheres que passavam por eles, enquanto elas apenas sorriam, Vania achou-os abusados, enquanto que eu divertia-me.
O agito ficava em torno da Via Dante e no entorno da Pinacoteca de
Brera. Fomos levadas por um casal que conhecemos na viagem à região do Grande
Canal, bastante
12.1. PIAZZA SAN MARCO
27 de agosto – Sentamos, Vania e eu na Piazza San Marcos e pedimos uma água
mineral e Vania disse que foi a água mais cara que já tomou na vida. Creio que
pagamos 15 euros cada uma, mas isto porque tivemos que pagar também pelo courvert. Sentar na Piazza de San Marcos, com música ao fundo – ainda teve até um
bailinho no meio da praça – em Veneza, tem seu charme mas tem também seu preço.
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Outro lugar
obrigatório na Piazza é o café Florian, que está entre os mais famosos do
mundo pelos belos afrescos. |
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Mas Veneza é também poder se perder por seus labirintos, atravessar seus
canais, admirarando sua exuberante arquitetura, misto de bizantino e barroco
italiano; é também reencontrar Tintoreto
e Veronese nos seus afrescos, ouvir as “Quatro Estações” de Vivaldi em um
belo palazzo renascentista.
28 de agosto – Antiga sede dos Dodges de
Veneza hoje transformado em museu, o Palazzo Ducale tambem conhecido como
Palácio do Doge é uma obra-prima do gótico veneziano. Foi construido em 828
seguindo o modelo do Palácio de Diocleciano, em 976 sofreu um incêndio durante
uma revolta e sua reconstrução findou no sec. XIII. Em 1483 sofreu novo
incêndio e foi reedificada a parte interior. Em 1574 sofre novo incêndio e em
1575 Ticiano e Veronese foram chamados para decorar os interiores.
Início do
sec XVII foram acrescentadas as chamadas Prigioni Nuove (prisões novas) que
foram ligadas ao palácio através da Ponte dei Sospiri (ponte dos suspiros).
Infelizmente só tinha postado fotos de Veneza e nenhum texto ou nome de restaurante ficou registrado. Lembrei somente de um bar que meu livro dizia que era frequentado por Ernest Hemingway. Mas, ao que parece, ele era um bebum globe-trotter pois já encontrei muito bar onde diziam que ele costumava ir beber, do Kenya, ao Caribe; e em Paris também deve ter muitos, isto sem falar em Cuba.
Também lamento não ter registrado o nome do hotel, tipo Guest, no centro
de Veneza onde ficamos, porque era muito bom, ao lado da Piazza San Marcos.
Agosto é alta temporada e a quantidade de gente nas rua era absurda.
Para chegar até nossa guest tínhamos que ir abrindo caminho, scusi, scusi...
Na foto abaixo o Grand Hotel Des
Bains que inspirou Thomas Mann a
escrever Morte em Veneza e Luchino Visconti a rodar o famoso filme
do mesmo nome. De suas janelas, o famoso compositor, em franca decadência,
Gustav Von Aschenbach (um Dirk Bogarde maravilhoso no papel do compositor)
reencontra a arte na figura de um belo garoto Tadzio. O filme tinha como pano
de fundo a gripe espanhola.
NOTA: Fiz uma fake, não é o hotel do filme, no lugar do Grand Hotel Des
Bains hoje existe um prédio de condomínio. O hotel da foto é do hotel do
Festival de Cinema...Delirei total.
11. FRANÇA
06 de setembro – Chegamos em Paris no dia 06 de
setembro, inicio do outono – fazia frio, calor e chovia, tudo no mesmo dia e a
temperatura estava entre 17 e 20 graus, bastante agradável para minha prima
Vania, eu diria que friozinho.
Chez
Arruda ficava na Rue Guisarde uma travessa formada por 2
quadras de bistrôs, entre estes o “L' Âne et la Mule" cujos donos
eram amigos do Benoît, do
Café François de Florianópolis, nos tornamos habitués, onde Vania comeu um Cassulet de Gamba (camarões grandes)
que, segundo ela, muito bom.
A rue Guisarde, também conhecida como “Rue de la soif!” (rua da sede), a noite era fechada e ficava lotada de pessoas bebendo e fumando (fuma-se muito na Europa toda). Em uma das esquinas ficava a boate mais exclusiva de Paris, a "Castel's" onde, dizem, que ser rico, bonito e famoso podia não ser suficiente para entrar.
Nosso apartamento
era pequeno e tinha um quarto, onde dormia a Vania, um banheiro, uma sala com
um sofá-cama onde eu dormia e uma cozinha. Mas era muito agradável e o que o
tornava agradável eram as amplas janelas, que davam para uma jardim interno.
Mas Saint Germain não era somente o boulevard mais charmoso de Paris mas era também o mais caro. Comprar algo ali era proibitivo, o melhor era pegar um metrô e ir a Marais, se quiséssemos comprar uma roupa ou um sapato.
13 de setembro – No dia seguinte decidi ver uma exposição sobre urbanismo e arquitetura que mostrava a evolução da cidade de Paris desde a ocupação romana, quando ainda se chamava Lutécia, até os dias de hoje; assim como, as mudanças realizadas por Napoleão I e III e a transformação urbana promovida pelo Barão Hausmann.
Aprendi no
curso de urbanismo, na UFSC em Florianópolis que, na França, qualquer mudança
como a abertura de uma loja ou de um escritório, necessita estar dentro de um
plano urbanístico global.
Em seguida
fui ao pavilhão criado pela arquiteta inglesa de origem iraniana, Zaha Hadid -
atualmente uma das mais conceituadas do mundo, no Instituto do Mundo Árabe – só
o prédio do IMA já merece uma visita.
Estudaram ali
SãoTomas de Aquino, Raymond Aron, Honoré de Balzac, George Bataille, Henri
Bergson, Marie Curie, Simone de Beauvoir, Jacques Derrida entre outros.
Descobrimos
que a visita teria que ser agendada com antecedência e nos conformamos em
sentar na Place de La Sorbonne onde
haviam muitos cafés e bistrôs, onde comi o melhor omelete do mundo, embora,
dificilmente em Paris se come algo que não seja très très bien, creio que porque usam muita manteiga e produtos
naturais na sua culinária.
Passando em frente ao Hôtel Dieu lembrei do ano de 2009 quando fui parar neste hospital por estar com formigamento de pés e mãos, poderia ser um AVC e me mandaram procurar um médico.
18 de setembro – Saímos para ir nos bouquinistes à beira do Sena, no caminho íamos fotografando as fachadas dos cafés, que são maravilhosas.
Pela primeira vez encontrava um observava uma cena com um pickpocket, este já fora de ação.
Toda primeira semana do mês ocorre a Journées Européennes du Patrimoine e, como não era cobrado ingresso nos museus, as filas eram enormes mesmo as 17:29 da tarde.
ais tarde na Pont de Archeveché encontramos uma artista de rua cantando Edite Piaffe.
19 de setembro – Retornei, com a Vania à Place des Vosges, no 3º e 4º arrondissements, um dos lugares mais charmosos e também mais caros da cidade. É a praça mais antiga de Paris, classificada como monumento histórico em 1954 por André Malraux, onde morou Victor Hugo, George Simenon, Isadora Duncan, jack Lang, Annie Girardot.
Em seguida fomos ao Port de l'Arsenal ver os barcos-casa – como deve ser maravilhoso morar num barco desses, bem no centro de Paris, pensei.
Mais abaixo um predio modernoso em total desarmonia com os predios antigos.
Na Champs d'Ellysées gostava de ir na loja da Benetton (tem também uma ótima em Montparnasse) que, junto com a Oysho e Uniqlo são as minhas preferidas na Europa.
Voltando a pé
pela Rue Saint-Honoré entrei no Jardin du Palais Royal, antiga
residência de Luiz XIV, onde hoje estão as famosas galerias do Palais
Royal, com marcar de luxo e também alguns cafés. Ao lado do Palais ficava
a Comédie-Française, que
tem Molière como patrono, onde fui ao shop do teatro.
22 de setembro – Enquanto a Vania subia à Tour
Eiffel, fui comer um crepe de chocolate nas barraquinhas próximas dali. Já
havia subido na torre nas outras vezes que estive em Paris e não estava afim de
enfrentar fila nem a pagar pela alta taxa cobrada.
Neste ano de
2011 a França teve eleições, que aqui ela é indireta e os senadores são escolhidos
por um colégio eleitoral. A campanha eleitoral para presidente já
havia começado e Sarkozy não se reelegeu, perdendo para F. Hollande. Na época
estava interessada em estudar o sistema política francês e me preparei para ver
o livros que havia comprado. Já o desejo de conhecer o palácio é também por ser
um dos mais belos da França mas espero numa próxima viagem visitar este belo
palácio que, pelas fotos do seu interior nada fica à dever a Versalhes em luxo
e beleza.
A noite fomos à Igreja St.Chapelle ouvir "As quatros Estações" de Vivaldi. Havíamos também programado ir à Opera Bastille, assistir "Salomé", de Strauss baseado em uma peça de Oscar wilde mas não foi possível – afinal, não se consegue fazer tudo.
St Chapelle é
a igreja mais bonita de Paris, são famosos seus vitrais e muitos vão
aprecia-los no final da tarde quando bate o sol e o efeito é muito bonito.
O Marché era imenso, com 6 hectares e mais de 2 mil bancas e, havia desde
antiguidades (mobiliário do segundo império, 1852-70) até roupas, sapatos e
comida, etc. Eram vários mercados divididos por especialidade mas tudo era
muito caro e só consegui comprar um biscuit, dos pequenos, para a minha mãe.
Almoçamos num
restaurante local, que tinha uma comida muito boa.
26 de setembro – Deixei a Vania em frente ao Louvre, fui para a Biblioteca Nacional
Depois, peguei-a em frente a Pyramide du Louvre e fomos em direção a Place du Carrousel até o Musée de l'Orangerie, de arte impressionista e pós-impressionista com muita Cézanne, Matisse, Modigliani, Monet, Piscasso. Depois fomos pelo Jardin des Tuleries até a Place de la Concorde.
Villiers-le-bel, um dos banlieues considerados problemáticos, onde ocorreram os primeiros movimentos de protestos de imigrantes em 2008, descobri que ficava perto de La villette.
Li que está
sendo muito elogiado o último filme de Nani Moretti "Habemus Papam".
Assisti também, embora não tenha me impressionado muito.
que du Sacré-Coeur. Não lembro se subimos pelo funicular, nem sei se já existia.
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No dia
seguinte fui à Neuilly-sur-Seine, uma comuna francesa do departamento de Altos
do Sena próximo a Bois de Boulogne, onde há muitos barcos casa.
06 de outubro – Passávamos numa rua de St German quando nos deparamos com uma instituição que oferecia sopa para os moradores de rua.
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